VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: UM GRAVE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Abstract

Introdução: A Violência Obstétrica é um grave problema de saúde pública devido as consequências materno-infantil oriundos das doenças, disfunções e transtornos psicológicos que são causados às mulheres. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), violência é a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis. Nesse contexto, a violência obstétrica se apresenta em diversos tipos de agressões às mulheres grávidas durante todo o período gestacional: no pré-natal, no parto e no puerpério, e em situações de abortamento, que relaciona a um tipo específico de violência contra a mulher. Objetivo: Identificar na literatura científica produções sobre violência obstétrica. Método: Trata-se de uma revisão de literatura realizado através de uma busca nas seguintes bases de dados científicas: na Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através do cruzamento dos seguintes descritores: violência obstétrica, cesárea e parto normal, utilizando os operados booleanos and. Referida busca teve como critérios de inclusão: artigos publicados entre os anos de 2019 a 2021, serem completos, publicados na língua portuguesa e de domínio público, excluindo aqueles que não condiziam com a pesquisa e que se encontravam em duplicidade. Foram encontrados 5 artigos, sendo estes utilizados para compor o resumo, após a leitura na íntegra. Resultados: A mulher sofre violência obstétrica em casa, quando não a acolhem; na gestação, ao ter atendimento negado ou imposto dificuldade, ao sofrer ofensas pessoais e constrangedoras por causa da sua cor, etnia, idade, escolaridade ou religião; ao atingir a integridade psíquica por causa da extrema vulnerabilidade; no parto, pelo impedimento da entrada de acompanhante na admissão, procedimentos que incidam sobre o corpo da mulher, que causem dor ou dano físico, cesárea sem indicação, impedir ou retardar o encontro com o recém-nascido logo após o parto, a episiotomia, uso de citocina, manobra de Kristeller, lavagem intestinal, impedir que a mulher grite ou se expresse. A violência obstétrica é cultural. Profissionais de saúde atendem a mulher grávida, na maioria das vezes, de acordo com a sua experiência pessoal, e de forma despadronizada. Existem os grupos de riscos, aqueles que tem tendência a sofrerem mais do que o comum neste período gestacional, que são as negras, as pobres, as indígenas, as mais velhas e as que estão sozinhas. Conclusão: A falta de conhecimento e o medo de perguntar são fatores que intensificam as possibilidades de violência obstétrica. Estrategicamente, pode ser desenvolvido um plano de parto com a participação da parturiente, com explicações a respeito dos procedimentos que poderiam ser realizados e suas justificativas. Salienta-se que é crime a prática da violência obstétrica e essas mulheres precisam ser conscientizadas sobre esses atos e seus direitos

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