Vasques, Marinete da Silva

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Repositório do INPA

Xlll Jornada de Iniciação Científica do PIBICICNPqlFAPEAM/INPA • Manaus-AM1\GR-llAVALIAÇÃO DA DORMÊNCIA EM SEMENTES DE DIFERENTESETNOV ARIEDADES DE CUBIU (Solanum sessiliflorum Dunal)Marinete da Silva Vasqucs"; Sidney Alberto do Nascimento Ferreira'<';Danilo Fernandes da Silva Filho(2)(I)Bolsista CNPq-INPA; (2)Pesquisador INPA-CPCAo cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal) é uma hortaliça, cultivada em roças, chácaras, e hortascaseiras da região (Silva Filho, 1998). A qualidade fisiológica de um lote de sementes édeterminada principalmente pelo teste de germinação, prescrito nas Regras para Análises deSementes (Brasil, 1992). Este teste é conduzido em condições ideais de temperatura, umidade,luz e substrato. Contudo, sementes de algumas espécies não germinam, mesmo em condiçõesfavoráveis, por se apresentarem em estado de dormência, exigindo tratamentos adequadospara superá-Ia (Popinigis, 1985). Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o grau de dormênciaentre sementes de diferentes etnovariedades de cubiu, a fim de elevar o percentual degerminação e emergência de tais sementes. Inicialmente, avaliou-se a germinação dassementes submetidas a choque térmico sob diferentes temperaturas de -23 a -18°C (freezer),o-c (câmara) e 3 a T'C (geladeira), por períodos de 6, 18 e 24 horas. Após os tratamentostérmicos, as sementes foram semeadas em caixas gerbox (50 sementes por recipiente). Comosubstrato, foram utilizadas duas folhas de papel mata-borrão, umedecidas com água (15ml).No segundo experimento, duas progênies de sementes de cubiu foram acondicionadas sobtemperaturas de -23 a -18°e (freezer) e 3 a T'C (geladeira) por períodos de O, 1, 4 e 7 dias.Após o tratamento térmico as sementes foram semeadas em caixas gerbox, sobre uma folha depapel mata-borrão, umedecidas com água (7,5ml ). Observou-se que as sementes com um anode armazenamento (lote 1) apresentaram germinação (emissão da radícula) superior aquelascom dois anos de estocadas (lote 2) (Tabela 1). Entretanto, para a emergência (formação deplântulas) não houve diferença significativa entre os lotes. Em nenhuma das variáveisestudadas foram observadas diferenças significativas para o fator temperatura (Tabela 1).Também não se detectou efeito significativo para nenhuma das variáveis do fator tempo(Tabela 1). Contudo, constatou-se que à medida que se elevou o período de condicionamentotérmico das sementes, houve uma tendência de aumento nos valores da germinação,emergência, índice de velocidade de germinação e índice de velocidade de emergência(Tabela 2). No segundo ensaio, as sementes da progênie B apresentaram germinação e índicede velocidade de germinação superiores à progênie A (Tabela 2). Quanto ao tempo médio degerminação, esse foi menor para a progênie B (10 dias), tendo a progênie A alcançado 16 dias201XIII Jornada de Iniciação Científica do PIBIC/CNPqIFAPEAMIINPA • Manaus-AM(Tabela 2). A germinação das sementes de cubiu apresentou melhor desempenho quandoforam acondicionadas em freezer sob temperatura de -23 a -18°C (Tabela 2). Porém, para oíndice de velocidade e tempo médio de germinação não foram observadas diferençassignificativas entre as temperaturas estudadas (Tabela 2). Não se detectou efeito significativoem nenhuma das variáveis estudadas para o fator tempo (Tabela 2). Independente datemperatura utilizada, o condicionamento térmico por 24 horas se mostrou promissor emsementes de cubiu. A temperatura de -23 a -18°C (freezer) se mostrou adequada na aplicaçãodo choque térmico em sementes de cubiu.Tabela 1. Dados da emissão da radícula (germinação, índice de velocidade de germinação - IVG e tempo médio de germinação: TMG) eda formação de plântulas (emergência, índice de velocidade de emergência - IVE e tempo médio de emergência - TME)referentes a diferentes lotes de sementes de cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal), submetidos aos pré-tratamentos de diferentestemperaturas, por diferentes períodos. 'FatorEmissão da radícula Formação de plântulaGerminação(%)IVG TMG Emergência IVE(dias) (%)TME(dias)Lote1261,4 a52,1 b5,451 a4,015 b13,8 a14,7 a45,4 a45,6 a2,579 a 19,5 a2,509 a 19,4 aTemperatura-23 a -18°Co-c3 a rc58,4 a55,1 a56,8 a4,823 a4,633 a4,743 a14,6 a'13,8 a14,3 a44,1 a45,6 a46,8 a2,477 a 19,6 a2,563 a 19,3 a2,592 a 19,5 aTempo6 horas 51,7 a 4,495 a 13,6 a 44,2 a18 horas 57,5 a 4,625 a 14,8 a 43,2 a24 horas 61,0 a 5,079 a 14,3 a 49,2 a2,483 a 19,3 a2,423 a 19,5 a2,726 a 19,5ae.v. (%) 16,7 23,6 18,6 17,6 26,2 9,6Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem significativamente entre si, ao nível de 5% deTukey.probabilidade, pelo teste deTabela 2. Dados da emissão da radícula (germinação, índice de velocidade de germinação - IVG e tempo médio de germinação - TMG)referentes a progênie de sementes de cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal), submetidos aos pré-tratamentos de diferentestemperaturas, por diferentes períodos.Emissão da radículaFator Germinação IVG TMG(%) (dias)ProgênieA 34,3 b 2,356 b 16,8 aB 96,4 a 9,561 a 10,8 bTemperatura3 a 7°C-23 a-18°C64,8 b77,0 a5,655 a6,262 a13,2 a14,4 aTempo1 dia 74,2 a 5,890 a 14,4 a4 dias 74,3 a 5,934 a 14,2 a7 dias 64,5 a 6,051 a 12,7 ac.v. (%) 14,8 19,2 19,6Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem significativamente entre si, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste deTukey.Brasil. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. 1992. Regras para Análise de Sementes.SNAD/CLAV, Brasília. 365p.Popinigis, E 1985. Fisiologia da semente. 2. ed. AGIPLAN, Brasília. 289p.Silva Filho, D.E 1998. Manual técnico cocona (Solanum sessiliflorum Dunal): cultivo yutüizaciân. Tratado de Cooperacion Amazônica - Secretaria Pro-tempore, Caracas,Venezuela. 114p.202

Avaliação da Dormência em Sementes de Diferentes Etnovariedades de Cubiu (solanum Sessiliflorum Dunal)

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