A presente nota prévia tem a intenção de sinalizar e divulgar as pesquisas iniciais de documentaçãoe caracterização de sítios rupestres localizados na região do Riacho da Pintada, município de Natuba,Paraíba. O sítio apresentado se chama Pinturas I, e faz parte de um conjunto maior chamado deComplexo Rupestre Riacho da Pintada. É oportuno frisar que se trata de um sítio multicomponencialapresentando tanto painéis rupestres com figuras em tamanhos naturais, como presença de materialosteológico e cerâmico identificado em superfície. Portanto, este artigo busca levantar algunsapontamentos para os futuros projetos de pesquisa na unidade de estudo acima mencionada

Santos, Juvandi de Souza

Portuguese

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB): Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas

REVISTA DO LABORATÓRIO DE ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA DA UEPBRevista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro / junho de 2021ISSN 2179 - 8168ESTUDOS DE ARQUEOLOGIA REGIONAL: O CASO DO SÍTIO PINTURAS I – COMPLEXO RUPESTRE RIACHO DA PINTADA, REGIÃO DE NATUBA, PARAÍBAJuvandi de Souza Santos1Sebastião Lacerda de Lima Filho2Dennis Motta Oliveira3Diego Ferreira41  Coordenador do LABAP/UEPB. Diretor e curador do Museu de História Natural – MHN/UEPB. 2  Pesquisador colaborador do LABAP/UEPB e do Museu de História Natural – MHN/UEPB. 3  Pesquisador colaborador do LABAP/UEPB.4  Pesquisador colaborador do LABAP/UEPB.66Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168RESUMOA presente nota prévia tem a intenção de sinalizar e divulgar as pesquisas iniciais de documentação e caracterização de sítios rupestres localizados na região do Riacho da Pintada, município de Natuba, Paraíba. O sítio apresentado se chama Pinturas I, e faz parte de um conjunto maior chamado de Complexo Rupestre Riacho da Pintada. É oportuno frisar que se trata de um sítio multicomponencial apresentando tanto painéis rupestres com figuras em tamanhos naturais, como presença de material osteológico e cerâmico identificado em superfície. Portanto, este artigo busca levantar alguns apontamentos para os futuros projetos de pesquisa na unidade de estudo acima mencionada.Palavras chave: Arqueologia Regional. Arte Rupestre. Patrimônio Local. Complexo Rupestre Riacho da Pintada – Natuba, Paraíba.    RESUMENEsta nota pretende señalar y difundir la investigación inicial de documentación y caracterización de yacimientos de roca ubicados en la región de Riacho da Pintada, municipio de Natuba, Paraíba. El sitio presentado se llama Pinturas I, y es parte de un conjunto más grande llamado el Complejo Rocoso Riacho da Pintada. Cabe destacar que se trata de un sitio multicomponencial que presenta tanto paneles de roca con figuras en tamaños naturales, como la presencia de material osteológico y cerámico identificado en la superficie. Por lo tanto, este artículo busca plantear algunas notas para futuros proyectos de investigación en la unidad de estudio mencionada anteriormente.Palabras clave: Arqueología Regional. Arte Rocosa. Patrimonio local. Complejo Rocoso Riacho da Pintada – Natuba, Paraíba.INTRODUÇÃO Estudos de Arqueologia Regional vem sendo ampliados em muitas partes do Nordeste brasileiro. Trabalhos dessa natureza têm a função de ampliar o quadro reflexivo das diferentes ocupações humanas em uma determinada região. Portanto, são imprescindíveis para contextualização cultural e fornece dados para se pensar na dinâmica humana em escalas micro e posteriormente macro (BATES, 1998; ALARIUCOC, 2010).Em se tratando de sítios arqueológicos no estado da Paraíba, é claro a diversidade dos mesmos bem como sua relevância para se pensar as interações realizadas por populações, tanto no passado quanto no presente do estado. Pesquisas capitaneadas pelo Laboratório de Arqueologia e Paleontologia – LABAP, da Universidade Estadual da Paraíba/UEPB, têm contribuído de forma intensiva, produtiva e qualitativa para documentação e estudo desses sítios e evidências.   67Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168Portanto, a presente nota prévia tem a intenção de sinalizar e divulgar as pesquisas iniciais de documentação e caracterização de sítios rupestres localizados na área do Riacho do Pintado, região de Natuba, Paraíba. O sítio apresentado se chama Pinturas I, e faz parte de um conjunto maior chamado de Complexo Rupestre Riacho da Pintada. É oportuno frisar que se trata de um sítio multicomponencial apresentando tanto painéis rupestres com figuras em tamanhos naturais, como presença de material osteológico e cerâmico identificado em superfície. Portanto, este artigo busca levantar alguns apontamentos para os futuros projetos de pesquisa na unidade de estudo acima mencionada.O município de Natuba localiza-se na antiga mesorregião da Borborema e na antiga microrregião de Umbuzeiro, atualmente localizado na Região Geográfica Imediata de Itabaiana, estado da Paraíba. Sua população em 2012 foi estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 10.278 habitantes, distribuídos em 192 km² de área.A divulgação cientifica desse patrimônio é um grande começo, porque permite comparar e caracterizar as evidências materiais ao passo que novos estudos sejam iniciados em regiões próximas e nos outros sítios que formam o complexo do Riacho da Pintada. Por fim, conclamamos os órgãos públicos de fomento que se interessem pelo tema e que forneçam suporte para estudo desse patrimônio, o que por si só será fundamental para sua conservação, preservação e manutenção in situ.SÍTIO RUPESTRE PINTURAS I: ALGUMAS OBSERVAÇÕESO sítio se configura em duas partes. A primeira é composta de um abrigo sobrocha e o segundo apresenta um afloramento/matação mediando cerca de 20m de largura por 15m de altura. Apresenta vários painéis que, em verdade, formam um só imenso painel com pinturas da fauna local e também já extinta na região, tais como veados, gavião, onça, teju, mocós, sagui e pequenos antropomorfos e figuras de astros, além de grafismos puros. Localiza-se nas seguintes coordenadas geográficas: Lat./Sul: 07 28’ 20,8’’, Long/Oeste: 035 32’ 35,2’’, Altura 325m (margem de erro: 8m) (Fig. 01). Nas descrições pormenores dos grafismos, destacamos: a) veados: 4 representações, sendo 3 machos; b) preá: 01 representação; c) onça: 01 representação; d) sagui: 01 representação; e) macaco: 01 representação; f) gavião:01 representação; g) tamanduá bandeira: 01 representação; h) astros: 03 representações; i) figuras pretas: 02 representações de antropomorfos mais três ou quatro que não se percebe sua morfologia ao certo. O sítio está diretamente relacionado aos sítios Pinturas II, III, IV e V, todos integrando o Complexo Rupestre Riacho da Pintada. 68Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168Durante a visita prévia se constatou que o sitio foi mexido (aparentemente sofreu uma escavação clandestina), possivelmente as pessoas que realizaram essa atividade atrás de botijas (tesouros).Uma outra importante característica do sítio Pinturas I é que por trás de onde se encontra os painéis com as figuras rupestres existe um enorme abrigo com a presença de ossos humanos, tratando-se de um cemitério indígena (Fig. 12).É oportuno mencionar que o acesso ao mesmo é extremamente difícil, da cidade mais próxima até o local são aproximadamente 21km.       Figura 01 – MAPA GERAL DE LOCALIzAçãO DO SíTIO PINTURAS I – COMPLExO RUPESTRE RIAChO DA PINTADA.FONTE: GOOGLE EARTh (2021). ORGANIzADO POR DAIVISSON SANTOS (2021).No que se refere aos aspectos fisiográficos, se constata que a região onde o complexo rupestre está localizado se insere – juntamente com o município de Natuba – na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, formada por maciços e outeiros altos, com altitude variando entre 650 a 1.000 metros. Ocupa uma área de arco que se estende do sul de Alagoas até o Rio Grande do Norte. O relevo é geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. Com respeito à fertilidade dos solos é bastante variada, com certa predominância de média para alta. A vegetação desta unidade é formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes. O clima é do tipo Tropical Chuvoso, com verão seco. Nas Superfícies suave onduladas a onduladas, ocorrem os Planossolos, medianamente profundos, fortemente drenados, ácidos a moderadamente ácidos e fertilidade natural média e ainda os Podzólicos, que são profundos, textura argilosa, e fertilidade natural média 69Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168a alta. Nas Elevacões ocorrem os solos Litólicos, rasos, textura argilosa e fertilidade natural média. Nos Vales dos rios e riachos, ocorrem os Planossolos, medianamente profundos, imperfeitamente drenados, textura média/argilosa, moderadamente ácidos, fertilidade natural alta e problemas de sais. Ocorrem ainda afloramentos de rochas (CPRM, 2005).A geologia local se configura com a presença de unidades litoestratigráficas do Cenozóico (grupo Barreiras): arenito e conglomerado com intercalações de siltito e argilito); Neoproterozóico (granitóides indiscriminados: granito, granosiorito, monzogranito); Paleoproterozóico (complexo Sertânia: gnaisse, mármore, quartzito, metavulcânicamáfica), (complexo Salgadinho: ortognaissetonalitico a granítico); Arqueano (complexo Cabaceiras: ortognaissetonalito-granodioritico, intercalações de metamafica) (CPRM, 2005) DOCUMENTAÇÃO PRÉVIA E CARACTERIZAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS MATERIAISOs trabalhos no sítio em questão foram compostos de caminhamentos prospectivos e levantamento do material arqueológico encontrado visível. Nesse caso, se dedicou significativa atenção ao registro dos painéis rupestres, muitos deles em tamanho natural. Em um primeiro momento se cogitou a classificá-los como pertencentes à Tradição Agreste (Figura 02 a 11).A Tradição Agreste nos estudos dos registros rupestres pode ser caracterizada pela representação de figuras humanas e alguns animais, conta com um número significativo de “grafismos puros”. Ou seja, aqueles desprovidos de traços que permitam identificá-los com uma representação de nosso universo sensível. Caracteriza-se pelo impacto visual do intenso preenchimento das figuras com corantes vermelhos sendo raras as cenas; as figuras são representadas de forma estática. É originaria da região agreste de Pernambuco e Paraíba. Outra característica é a presença de figuras humanas maiores do que as representadas na tradição Nordeste, não tão delineadas e, as vezes, preenchidas por tinta vermelha escura (GASPAR, 2003; FRANCISCO, 2010).Na sua versão mais característica, as figuras da Tradição Agreste aparecem isoladas ou formando pequenos conjuntos dominados por uma ou duas grandes figuras antropomorfas (chamadas na literatura de “bonecões”), eventualmente rodeadas por poucos grafismos zoomorfos ou pinturas carimbadas na parede – inclusive impressões de mãos e dedos – e conjuntos de pontos. homens e animais são geralmente desenhados toscamente, mas apresentam detalhes característicos, como a cabeça raiada e pés representados de maneira bastante naturalista (figuras humanas), sendo as articulações do cotovelo e do joelho marcadas por círculos (PROUS, 2007; GASPAR, 2003; FRANCISCO, 2010).   É importante destacar que os antropomorfos encontrados nessa tradição em particular 70Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168apresentam-se de forma isoladas e de difícil compreensão, chamados de grafismos puros, não tão bem elaborados como na Tradição Nordeste, por exemplo. Existem também muitas representações de sauros (lagartos e reptéis) que são animais muito comuns no ambiente semiárido coberto pela caatinga (PROUS, 2007; FRANCISCO, 2010).Para o arqueólogo francês erradicado no Brasil, André Prous, a Tradição Agreste substitui aos poucos a tradição Nordeste e seria a única representada na arte rupestre do sul do Piauí entre 6.000 e 2.000 anos atrás. Trata-se de grandes figuras monocromas, toscamente executadas, representando seres humanos isolados (“bonecões”) ou animais pouco naturalistas, por vezes acompanhadas por impressões de mãos. Essa Tradição é considerada intrusiva no sul do Piauí, e seria originária de Pernambuco, onde essas figuras são muito mais numerosas (PROUS, 2007).No sítio Pinturas I se encontram pinturas em coloração avermelhada, alaranjada, amarelada e preta e são ricas as representações da fauna local. Análises mais detalhadas do ponto de vista quantitativo e qualitativo serão imprescindíveis num segundo momento para corroborar as impressões iniciais levantadas pelos pesquisadores. As figuras seguintes servem de demonstrativo da riqueza dos desenhos rupestres do sítio.FIGURA 02– REPRESENTAçõES RUPESTRES ENCONTRADAS NO PAINEL PRINCIPAL – SíTIO PINTURAS IFONTE: ACERVO PESSOAL DOS AUTORES (2021).71Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168Figura 03 – REPRESENTAçõES RUPESTRES ENCONTRADAS NO PAINEL PRINCIPAL – SíTIO PINTURAS IFonte: Acervo pessoal dos autores (2021).FIGURA 04 – REPRESENTAçõES RUPESTRES ENCONTRADAS NO PAINEL PRINCIPAL – SíTIO PINTURASFONTE: ACERVO PESSOAL DOS AUTORES (2021)Figura 05 – REPRESENTAçõES RUPESTRES ENCONTRADAS NO PAINEL PRINCIPAL – SíTIO PINTURAS IFONTE: ACERVO PESSOAL DOS AUTORES (2021).72Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168FIGURA 06 – REPRESENTAçõES RUPESTRES ENCONTRADAS NO PAINEL PRINCIPAL – SíTIO PINTURAS IFONTE: ACERVO PESSOAL DOS AUTORES (2021).FIGURA 07 – REPRESENTAçõES RUPESTRES ENCONTRADAS NO PAINEL PRINCIPAL – SíTIO PINTURAS IFONTE: ACERVO PESSOAL DOS AUTORES (2021)FIGURA 08 – REPRESENTAçõES RUPESTRES ENCONTRADAS NO PAINEL PRINCIPAL – SíTIO PINTURAS I.FONTE: ACERVO PESSOAL DOS AUTORES (2021).73Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168FIGURA 09 – REPRESENTAçõES RUPESTRES ENCONTRADAS NO PAINEL PRINCIPAL – SíTIO PINTURAS I]FONTE: ACERVO PESSOAL DOS AUTORES (2021)FIGURA 10 – MEMBROS DA EqUIPE REALIzANDO PROSPECçõES NA áREA CENTRAL DO SíTIOFONTE: ACERVO PESSOAL DOS AUTORES (2021)74Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168FIGURA 11 – COORDENADOR DO LABAP DURANTE PROSPECçãO NO SíTIO RUPESTRE PINTURAS I. DESTAqUE PARA O PAINEL PRINCIPAL ATRáS DO PROF. DR. JUVANDI SANTOSFONTE: ACERVO PESSOAL DOS AUTORES (2021)FIGURA 12 – MATERIAL OSTEOLÓGICO ENCONTRADO EM SUPERFíCIE NA áREA DIRETA DO SíTIO(OSSOS HUMANOS). – SÍTIO PINTURAS I. FONTE: ACERVO PESSOAL DOS AUTORES (2021).75Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168DISCUSSÃO PRELIMINAR DOS DADOS LEVANTADOS É bastante provável que se encontre muitos sítios com temas parecidos com os encontrados no Complexo Rupestre Riacho da Pintada, e muito especialmente parecidos com as representações do sítio Pinturas I. O rico potencial e os diferentes motivos e colorações utilizados durante a prática gráfica chama atenção para diversidade e variabilidade do registro arqueológico local.A representação da fauna local e o detalhamento das pinturas demonstra o grau de sofisticação empregado pelo grupo ou grupos pré-históricos que provavelmente ocupou o lugar. Em se tratando da presença de material ósseo como os fragmentos identificados durante as atividades iniciais, se trabalha com a hipótese de ocupação prolongada e utilização do espaço como área de enterramento de membros do próprio grupo. É claro que essa conjectura deverá ser corroborada ou refutada com a continuação das pesquisas no lugar, a citar um projeto de escavação arqueológica para diferentes partes do sítio, bem como em outros trechos do Complexo Rupestre Riacho da Pintada. É bom frisar que a área onde se encontra as figuras rupestres sofreu uma intervenção clandestina, no que inviabiliza ali uma intervenção arqueológica e, apenas na parte de trás do sítio onde se forma um imenso abrigo, intocável, existe a possibilidade de realização de uma escavação arqueológica, que pretendemos realizar em um futuro próximo. Um dos principais sítios da Tradição Agreste no estado da Paraíba, sítio raro. É relevante também que o grau de integridade do sítio chega aos 80%, ou seja, é um sítio com unidades gráficas extremamente conservadas servindo como uma das principais referências da Tradição Agreste na Paraíba.CONSIDERAÇÕES FINAIS Pesquisas posteriores e complementares devem ser somadas a esta documentação prévia, com o intuito de ampliar o quadro de dados acerca das populações humanas que habitaram, interagiram ou passaram pela região de Natuba, Paraíba, bem como em zonas circundantes. Também, é oportuna a criação de um banco de dados para caracterizar e se estudar os agentes diretos e indiretos que afetam os painéis rupestres, bem como, os demais elementos estruturais do sítio em apreço. Acreditamos que medidas de divulgação científica e uma consciência coletiva seja o caminho mais eficiente para se proteger e salvaguardar o rico patrimônio local.   76Revista Tarairiú, Campina Grande - PB, Ano XI – Vol.1 - Número 18 – janeiro/junho de 2021, p.65-76.ISSN 2179 8168REFERÊNCIAS ALARIUCOC, Vam Rhio. Arqueologia Espacial. Barcelonoa: Editora Akal, 2010.  BATES, Luis Felipe. El Proceso de Investigaciónen Arqueologia. Cidade do México: Editora Crítica, 1998.PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros: a pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: zahar, 2012.GASPAR, Madu.  Arte Rupestre do Brasil.Rio de Janeiro: zahar Editores, 2003.FRANCISCO, José. A tradição Agreste. Disponível em:   https://www.Professor Francisco José: A tradição Agreste (chicohistoriador.blogspot.com). Acesso em: 05 de janeiro de 2021.CPRM – Projeto Cadastro de Fontes de abastecimento por Água Subterrânea Estado da Paraíba: diagnóstico do município de Natuba. Recife, Setembro de 2005.

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