A dor é um sintoma comum em idosos, interferindo na qualidade de vida tanto do indivíduo quanto dos familiares. Sua avaliação adequada é essencial para a abordagem gerontológica. Entretanto, permanece alguns questionamentos quanto à elaboração e validação de instrumentos de avaliação e mensuração da dor na população idosa brasileira. Assim, é objetivo deste artigo identificar por meio de uma revisão integrativa de literatura instrumentos de avaliação da dor em idosos, que estejam traduzidos e adaptados para a população brasileira. Foram encontrados diversos artigos que utilizavam escalas unidimensionais da dor, como a escala visual analógica e escalas verbais de descritores de intensidade. Como instrumentos multidimensionais, foram identificados dois questionários validados para aplicação em idosos brasileiros (questionário McGill e escala de percepção do locus de controle) e um questionário em processo de adaptação (Geriatric Pain Measure). A literatura recomenda escalas de observação comportamental para a avaliação da dor em idosos com déficit cognitivo. Entretanto, nenhuma destas escalas está adaptada para a população brasileira. Verifica-se que instrumentos unidimensionais têm sido largamente utilizados, porém criticados devido à incapacidade de capturar características multidimensionais da dor. Apesar das dificuldades inerentes à interpretação do escalonamento gerado, o questionário McGill é o mais comumente aplicado