Predomina na imprensa brasileira um modelo de produção e divulgação de matérias de cunho científico que exalta as realizações da tecnociência. No entanto, este modelo é questionado por desconsiderar as relações institucionais, econômicas e culturais estabelecidas para além dos laboratórios e, muitas vezes, dar visibilidade a um único ator, o cientista. Buscamos refletir sobre as ações do jornalismo científico que permite ao público não especialista conhecer a ciência em construção e se interesse por ela. Para observar as diferentes atividades que um cientista deve exercer a fim de construir um fato científico, adotamos o sistema circulatório dos fatos científicos, um modelo proposto por Latour (2001). Ao analisar uma reportagem da Revista Minas Faz Ciência, pretendemos demonstrar que é possível criar caminhos nos quais a ciência e o público andem juntos