“MOCHILAGEM”: PORQUE AS FRONTEIRAS NÃO TÊM LIMITES ÀQUELES QUE ULTRAPASSAM O SEU LIMIAR

Abstract

O presente artigo realiza uma reflexão acerca da conceituação do ato de “mochilar” em consonância com termos paralelos e complementares; também busca apresentar as características da “mochilagem”, uma nova forma de se fazer turismo na contemporaneidade, um viajar particular e complexo, pois se desenvolve através de relações contestatórias ao mundo atual (efêmero e fluído). “Mochilar”, então, significa relacionar-se pelos territórios viajados como local e suas diversas possibilidades de “penetração”, transgredindo inúmeras fronteiras (cultural, imaterial, material, social...). Incide em se ter nas características de cada território, uma possibilidade ampla de conversação e diálogos com os nativos e seus costumes, tradições e arranjos locais, visando a interação vis-a-vis, e as experiências que somente ela proporciona. O texto, construído a partir de exposições teóricas e revisão de literatura, possibilitou a percepção de múltiplas faces nas quais o turismo pode acontecer, inclusive o pautado na alteridade e na convivência inclusiva. A metodologia qualitativa foi utilizada com ênfase na relação entre sujeito e objeto, compreendendo o campo das ciências humanas e sociais. Essa experiência de analisar as fronteiras surreais, flexíveis e invisíveis, é essencial enquanto possibilidade de entendimento de complementaridade entre as culturas, desmitificando as fronteiras legais e evidenciando outras, aquelas que não estão nos planejamentos governamentais. Serviu-nos, para evidenciar uma forma alternativa de se fazer turismo ainda embrionária no sistema capitalista, que transforma em mercadoria inclusive o ócio. Também apresenta um roteiro para se “mochilar”, provocando o leitor a se adentrar nesse território, que tem suas fronteiras passíveis de serem penetradas

    Similar works