O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma doença crônico-degenerativa e representa um desafio tanto pelo impacto social, quanto pelas repercussões na vida das pessoas, pois, quando não letal, o AVE geralmente provoca graves repercussões para o indivíduo, a família e a sociedade. O presente estudo tem como objetivo descrever e analisar a funcionalidade dos usuários com AVE, adscritos na área de cobertura das Equipes de Saúde da Família do município de João Pessoa, em conformidade com o acessibilidade que tenham tido à reabilitação. Trata-se de um estudo transversal de base populacional com amostra de 140 indivíduos com idade acima de 18 anos, acometidos por AVE no período entre os anos de 2006 e 2010. As variáveis descritivas foram aquelas que identificam os sujeitos da amostra e caracterizam o AVE clinicamente. Para avaliar a funcionalidade dos sujeitos utilizou-se o domínio Atividade e Participação da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). A associação das categorias de atividade e participação com a acessibilidade à reabilitação foi verificada por meio do teste Qui-Quadrado com nível de significância de 5%. Constatou-se maior comprometimento nas categorias Uso fino da mão, Recreação e Lazer, Deslocar-se e Fala no grupo dos participantes que tiveram acessibilidade aos serviços de reabilitação, indicando que a dificuldade nestas atividades provoca no individuo a necessidade de inserção nos serviços destinados a reabilitação. Este estudo demonstrou que a maioria dos pacientes pós-AVE apresenta consequências crônicas em suas funções corporais, predispondo a necessidade de inserção contínua nos serviços de reabilitação para maximizar a funcionalidade nas atividades cotidianas e facilitar a participação social