Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Abstract
A literatura sobre o que se chamou de “primaveras árabes” é atualmente abundante. Numerosas são as obras e os artigos que se propuseram a esclarecer e interpretar os protestos públicos que tangem com alcance inédito um número muito grande de países árabes. Propomo-nos, nos desenvolvimentos que se seguem, pôr em relevo de maneira sintética algumas perspectivas analíticas que podem resumir ascaracterísticas principais destas revoluções atrasadas. É preciso render-se à evidência: subverter uma ditadura não significa modificar substancialmente os paradigmas que estão no fundamento da ordem social e das estruturas mentais