Turmalinitos do Grupo Brusque na região entre São João Batista e Tijucas, Santa Catarina, Brasil

Abstract

The Dom Feliciano Belt, in the State of Santa Catarina, is represented by the Itajaí and Brusque groups and the Florianópolis Batholith. The basal Rio do Oliveira Formation of the Brusque Group consists of metabasic/calc-silicate, metavolcanic-exhalative, metapelitic and metapsammitic units. A discontinuous tourmalinite sequence integrating the metavolcanic-exhalative unit stretches out from São João Batista to Tijucas. Two types of tourmalinites were distinguished and named Rio do Oliveira and Morro do Carneiro. The first is very fine-grained, banded, and composed of greenish-yellow or brown tourmaline. The second is coarser-grained, massive to slightly foliated, and composed of color-zoned tourmaline. Microprobe and laser ablation-ICPMS analyses showed that the Rio do Oliveira tourmaline is richer in Al, alkalis, and poorer in Ti, Mg, Fe and Ca when compared to the Morro do Carneiro tourmaline. Rio do Oliveira tourmalinites were formed by selective substitution of pelitic and psammitic sediments by percolation of B-rich fluids through the volcanic-sedimentary unit during diagenesis and metamorphism. Morro do Carneiro tourmaline has detrital cores and rims enriched in Mg, Fe, Ti, Mn, Sr, Co and Ca, when compared to the Rio do Oliveira tourmaline. An intermediate dark zone is Ti- and Fe-rich. The abrupt increase in Ca from core to rim may have resulted from the equilibrium with the surrounding Ca-rich environment (underlying calc-silicate rocks). Even if the REE patterns obtained for Rio do Oliveira and Morro do Carneiro tourmalines are practically identical, it is proposed that the fluids that generated the Morro do Carneiro tourmalinites have also been metasomatic/igneous.O Cinturão Dom Feliciano no Estado de Santa Catarina é representado pelos grupos Itajaí e Brusque e o Batólito Florianópolis. A Formação Rio do Oliveira, basal do Grupo Brusque, constitui-se de unidades metabásicas/cálcio-silicáticas, metavulcânicas-exalativas, metapelíticas e metapsamíticas. Uma sequência descontínua de turmalinitos integrante da unidade metavulcânica-exalativa estende-se desde São João Batista até Tijucas. Dois tipos de turmalinitos foram distintos e denominados Rio do Oliveira e Morro do Carneiro. O primeiro é muito fino, bandado e composto por turmalina amarela-esverdeada ou castanha. O segundo é mais grosso, de textura maciça a levemente foliada, e formado por turmalina zonada. Análises por microssonda eletrônica e laser ablation-ICPMS mostraram que a turmalina do Rio do Oliveira é mais rica em Al, álcalis e mais pobre em Ti, Mg, Fe and Ca quando comparada com a do Morro do Carneiro. Os turmalinitos do Rio do Oliveira formaram-se por substituição seletiva de sedimentos pelíticos e psammíticos resultante da percolação de fluidos ricos em boro pela unidade vulcano-sedimentar durante a diagênese e metamorfismo. A turmalina do Morro do Carneiro possui núcleos detríticos e bordas mais ricas em Mg, Fe, Ti, Mn, Sr, Co e Ca que a turmalina do Rio do Oliveira. Uma zona intermediária escura é mais rica em Ti e Fe. O aumento brusco em Ca do núcleo para a borda pode ter resultado do equilíbrio com o ambiente circunvizinho rico em Ca (rochas cálcio-silicáticas subjacentes). Mesmo que os padrões definidos pelos ETR para as turmalinas do Rio do Oliveira e do Morro do Carneiro sejam praticamente idênticos, propõe-se que os fluidos formadores do turmalinito do Morro do Carneiro possam também ter tido origem metassomática/ígnea

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