Êxtase e Música na Tocata: estudo de caso sobre o uso da música como veículo de estados alterados de consciência

Abstract

This article develops the hypothesis that music in general, and improvisation in particular, can act as a means for altered states of consciousness. The case study that delimits and guides the present investigation is the Tocata, an informal musical improvisation meeting in Florianópolis/SC. Based on ethnographic data and an interview with Polo Cabrera (host and guide for improvisation at the Tocata), we intend to describe and analyze the phenomenon known by the participants of the event as “ecstasy” or “musical ecstasy”: a supposed altered state of consciousness defined by the intense pleasure it generates in the improviser, as well as by the feeling that the music produced in this state is not exactly authored by the participants, but somehow stems from another source and is only “channeled” by the musicians. As references to this analysis, different theoretical models of the relationship between ecstasy and music are introduced from fields such as aesthetic philosophy, ethnomusicology, mysticism and shamanism.Este artículo desarrolla la hipótesis de que la música, en general, y la improvisación, en particular, pueden funcionar como medios para estados alterados de conciencia. El estudio de caso que limita y orienta la presente investigación es Tocata, un encuentro informal de improvisación musical en Florianópolis/SC. A partir de datos etnográficos y una entrevista a Polo Cabrera (conductor y guía de improvisación en Tocata), pretendemos describir y analizar el fenómeno conocido por los participantes del evento como “éxtasis” o “éxtasis musical”: un supuesto estado alterado de conciencia definida por el inmenso placer que genera en el improvisador, así como por la impresión de que la música producida durante este estado no es precisamente de autoría de los participantes, sino algo de otro origen y que sólo es “canalizada” por los músicos. Como referencias para ayudar en este análisis, se introducen diferentes modelos teóricos de la relación entre éxtasis y música desde campos como la filosofía estética, la etnomusicología, la mística y el chamanismo.Este artigo desenvolve a hipótese de que a música, em geral, e a improvisação, em particular, possam funcionar como meios para estados alterados de consciência. O estudo de caso que limita e orienta a presente investigação é a Tocata, um encontro informal de improvisação musical em Florianópolis/SC. Partindo de dados etnográficos e uma entrevista com Polo Cabrera (anfitrião e guia do improviso na Tocata), pretende-se descrever e analisar o fenômeno conhecido pelos participantes do evento como “êxtase” ou “êxtase musical”: suposto estado alterado de consciência definido pelo imenso prazer que gera no improvisador, assim como pela impressão de que a música produzida durante esse estado não é exatamente de autoria dos participantes, mas algo proveniente de outra origem e que apenas é “canalizado” pelos músicos. Como referências para auxiliar nessa análise, introduzem-se diferentes modelos teóricos da relação entre êxtase e música provenientes de campos como a filosofia estética, a etnomusicologia, o misticismo e o xamanismo.

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