Métodos de utilização de pastagem cultivada de inverno na suplementação do campo natural

Abstract

An improved pasture composed of Italian ryegrass (Lolium multiflorum), birdsfoot trefoil (Lotus corniculatus), and white dover (Trifolium repens var. ladino) was used in a study of schemes of winter-season supplementation of natural pastures in the Rio Grande do Sul state of Brazil. Nine month old weaned heifers of 5:3 Angus-Zebu stock were used in the study which lasted 111 days. The following schemes of alternation at improved and unimproved pasture were used 1) one week improved, one week unimproved; 2) one week improved, two weeks unimproved; 3) one week improved, three weeks unimproved; 4) two weeks improved, one week unimproved ; 5) two weeks improved, two weeks unimproved; 6) two weeks improved, three weeks unimproved 7) continuous improved pasture. A stocking rate of two animals per hectare was used on the improved pasture and 0.7 on the unimproved. Highly significant differences (p > 0.1) in weight gains were observed among the different treatments, The animals which remained continuously on the improved pastures (treatment 7) showed the greatest gains. Among the other treatments, the greatest gains were shown when the animals remained equal or greater periods on the improved than unimproved pastures. There were no significant differences between one and two week schemes of alternation (treatments 1 and  5) when the ratio of improved to unimproved pasture remainded the same. Economic analysis showed the treatments producing the greatest gains also to be the most profitable.A pastagem cultivada de inverno, constituída de azevém (Lolium multiflorum), comichão (Lotus corniculatus) e trevo branco ladino (Trifolium repens var. ladino), foi utilizada num experimento de suplementação do campo natural durante o inverno, num período de 111 dias e fazendo variar o tempo de permanência dos animais nessa pastagem. Usaram-se fêmeas desmamadas, de 9 meses de idade e de grau de sangue 5:3 Angus-Zebu. Como unidade de permanência em pastagem cultivada foi tomada a semana, estabelecendo-se os seguintes tratamentos I) uma semana em pastagem cultivada e uma semana em pastagem natural; II) uma semana em pastagem cultivada e duas semanas em pastagem natural; III) uma semana em pastagem cultivada e três semanas em pastagem natural; IV) duas semanas em pastagem cultivada e uma semana em pastagem natural; V) duas semanas em pastagem cultivada e duas semanas em pastagem natural; VI) duas semanas em pastagem cultivada e três semanas em pastagem natural; VII) todo o período em pastagem cultivada. Todos os tratamentos obedeceram à lotação de 2,0 animais/ha em pastagem cultivada e de 0,7 animal/ha em campo nativo. Houve uma diferença altamente significativa (P <0,01) entre os tratamentos, no que se refere aos ganhos de peso. Os animais que permaneceram todo o período em pastagem cultivada (trat. VII) apresentaram os maiores ganhos. Havendo alternância na utilização dos pastos, os melhores ganhos foram obtidos quando os animais permaneceram em pastagem cultivada um período igual ou maior do que o em campo natural. Não houve diferença estatística (P < 0,01) quando foi utilizado o mesmo percentual de pastagem cultivada (26,0%) em relação à área de campo nativo (tratamentos V e I), quando os períodos de alternância eram de duas e uma semana, respectivamente. Na apreciação dos resultados deste experimento, infere-se que os ganhos são proporcionais ao maior período de utilização de pastagem em relação ao campo nativo. Os tratamentos com maiores ganhos foram, também, os economicamente mais compensadores

    Similar works