VALORIZANDO AS PRAIAS DO LAGO VERDE DOS MUIRAQUITÃS DE ALTER DO CHÃO (SANTARÉM, PA) ATRAVÉS DO CONHECIMENTO DE SUA FLORA: PRODUZINDO UM GUIA COM A COMUNIDADE
O turismo ecológico, voltado para a apreciação de suas belas praias, constitui uma das principais atividades econômicas da vila de Alter do Chão em Santarém, Pará. O projeto de extensão 'Praias Amazônicas Boraris: Juventude indígena pela valorização da vegetação de praia do Lago Verde dos Muiraquitãs de Alter do Chão, Pará', está sendo desenvolvido há dois anos, e vem sendo realizado com o envolvimento de docentes e discentes da UFOPA e a comunidade indígena Borari, da vila de Alter do Chão no mapeamento, identificação e levantamento etnobotânico das espécies de plantas das praias do lago verde. Este levantamento é uma forma de valorizar a vegetação em si e conscientizar a população e os visitantes da importância de sua conservação para a manutenção do ecossistema em questão. Este trabalho contempla a continuidade do projeto e as etapas finais para a realização de seus objetivos: a realização de oficinas com os comunitários e organização de um guia de identificação de plantas que sirva a eles e à população em geral. Até o presente momento, foram realizadas três visitas à vila de Alter do Chão para coletar dados etnobotânicos para compor o banco de dados das espécies, que servirão de base para a elaboração do guia botânico das praias do lago verde. Fora realizada duas oficinas com os catraieiros, no intuito de capacitar lideranças comunitárias em conceitos básicos de identificação botânica, para auxiliar na formação de propagadores do conhecimento em Alter do Chão, como fomento ao ecoturismo sustentável, além de discutir com os comunitários a forma como o trabalho vem sendo realizado, assim como diálogos em relação à elaboração do guia botânico das praias do lago verde. Para consulta de informações relacionadas às espécies, foi utilizado como referência o banco de dados levantado gerado a partir das coletas e identificação das espécies do projeto. Os dados etnobotânicos foram obtidos através de entrevistas semiestruturadas. Para elaboração das pranchas que farão parte do guia botânico das praias do lago verde, fora utilizado o Programa Adobe Photoshop 2015, o qual, em cada folha destaca-se o nome da espécie, imagens de referência e informações sobre usos etnobotânicos levantados.
Palavras-chave: comunidades tradicionais, indígenas, ecoturismo sustentável