Avaliação das técnicas de higiene bucal nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da Macrorregional de Saúde do Meio-Oeste catarinense e sugestão de protocolo

Abstract

Pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) possuem a saúde geral e a imunidade debilitadas, ficando mais suscetíveis a doenças infecciosas e sistêmicas, as quais comprometem especialmente os sistemas cardíaco e respiratório. Essas complicações podem agravar o quadro clínico de saúde, aumentando o risco de morte. A origem e o efeito metastático dessas infecções podem ter origem na infecção primária da cavidade bucal. O presente estudo trata-se de uma pesquisa observacional transversal analítica e teve como objetivo sugerir um protocolo de Higiene Bucal (HB) para pacientes hospitalizados e ressaltar a importância da inserção do cirurgião-dentista (CD) no ambiente hospitalar. O protocolo de HB foi elaborado por meio da aplicação e avaliação de um questionário e da revisão de literatura científica sobre o tema. Para delimitação da amostra foi selecionada a macrorregional de Saúde do Meio-Oeste de Santa Catarina (UTI adultos/Especializada), que compreende Joaçaba, SC. O instrumento de pesquisa constou de 99 enfermeiros e técnicos de enfermagem que realizavam a higiene bucal em UTIs, e a análise de dados foi realizada pelo software SPSS 22 e pelo Teste do Qui-Quadrado. Os resultados demonstraram a falta de padronização na execução da higiene bucal, não havendo protocolo específico nesses hospitais. A clorexidina foi padrão como método auxiliar de HB nessas UTIs. A atuação do CD foi mínima ou inexistente, demonstrando a necessidade da atuação multidisciplinar da odontologia hospitalar. Visando aperfeiçoar o atendimento e melhorar a qualidade de vida desses pacientes de UTI, o protocolo será disponibilizado a todos os hospitais participantes.Palavras-chave: Promoção da saúde. Unidade de Terapia Intensiva. Prevenção primária

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