Como o protocolo de amostragem influência a riqueza e a abundância de pequenos mamíferos? Um exemplo na Mata Atlântica, Brasil

Abstract

Small mammals are important elements of tropical forests but there is not a protocol for sampling these animals. In this study, we aimed at evaluating which sampling design maximizes the richness and/or the abundance of small mammals in a given area. We used data available in studies carried out in the Brazilian Atlantic forest. The variables analyzed for each study were number of marsupial species, number of rodent species, number of marsupial individuals and number of rodent individuals (dependent variables), sampling effort (trap-nights), design (grid or transect), number of strata sampled, number of nights and number of trap types used (independent variables). We did an analysis of covariance using the type of forest (evergreen or semideciduous) as the co-factor and factoring out the sampling effort to verify if the patterns of richness and abundance of species changed between these types of forests. The same analysis was done using the design as the cofactor in different forest types. Therefore, we performed analyses of variance in each forest type using the number of strata sampled, number of traps types and number of nights as factors to verify the effects of these factors on richness and abundance of the species. The capture effort was the most important variable to explain the richness and abundance of small mammals. The forest type influenced the abundance of species. Marsupials seemed to be more abundant in the semideciduous forest and rodents in the evergreen forest. Key words: live trap, inventories, sampling design, sampling effort.Os pequenos mamíferos são importantes elementos das florestas tropicais, entretanto não existe um protocolo de como amostrar esses animais. O principal objetivo desse estudo é avaliar qual desenho amostral maximiza a riqueza e a abundância de pequenos mamíferos em uma dada área. Para isso, utilizamos dados disponíveis na literatura de estudos realizados na Mata Atlântica. As variáveis analisadas de cada estudo foram número de espécies de marsupiais, número de espécies de roedores, número de indivíduos marsupiais e número de indivíduos roedores (variáveis dependentes), esforço de amostragem (armadilhas/ noite), desenho amostral (transecto ou grades), número de estratos amostrados, número de noites, tipos de armadilhas utilizadas e tamanho da área amostrada (variáveis independentes). Para verificar se os padrões de riqueza e abundância das espécies mudam de acordo com o tipo de floresta, foi realizada uma análise de co-variância usando o tipo de floresta como co-fator. A mesma análise foi feita usando o desenho amostral como co-fator nos diferentes tipos de florestas. Depois foram realizadas análises de variância em cada tipo de floresta, usando o número de estratos amostrados, o número de noites e os tipos de armadilhas como fatores para verificar os efeitos desses fatores na riqueza e na abundância das espécies. O esforço de captura foi a variável que mais influenciou a riqueza e a abundância de pequenos mamíferos. O tipo de floresta também influenciou a riqueza e a abundância das espécies. Os marsupiais parecem ser mais abundantes na floresta semidecidual, e os roedores, na floresta ombrófila densa. Palavras-chave: armadilhas de captura viva, desenho amostral, esforço de captura, inventários

    Similar works