Benedito, Clarisse Pereira

Carvalho Mendes, Victor Hugo

Figueiredo, Maria Lourdes

Gurgel Junior, Carlos Antonio

Nunes, Tenessee Andrade

Oliveira, Glauter Lima

Em Questao

Utilização do Retardante de crescimento Paclobutrazol em Girassol (Helianthus annuus)

Archives of the Faculty of Veterinary Medicine UFRGS

NOTA CIENTÍFICA Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 1104-1106, jul. 2007   Introdução Dentre as oleaginosas o girassol (Helianthus annuus L) é um dos cultivos que mais cresce no mundo. Este crescimento deve-se ao aumento da aceitação de seus produtos e subprodutos, principalmente o óleo que tem grande capacidade de reduzir o teor de colesterol no sangue, diminuindo, assim, os riscos de doenças cardiovasculares. Segundo os dados mais recentes sobre a cultura, o Brasil, no ano de 2001, apresentou uma área plantada de 60.000 hectares, com produtividade de 1,67 t/ha e produção de cerca de 100.000 toneladas [1]. O Programa de Girassol Ornamental, do CNPSoja  [2], iniciado em 1996, na busca de alternativas econômica para utilização de girassol em jardinagem e confecção de arranjos florais, adaptados as condições climáticas brasileiras, criou nove tonalidades diferentes para a flor: vinho, rosa, rosa claro, amarelo limão de centro claro, amarelo limão de centro escuro, mesclado, ferrugem e em forma de raio de sol. A utilização de retardantes de crescimento em plantas ornamentais, visando à diminuição do porte, é uma alternativa que possibilita adaptar espécies utilizadas como flor de corte para o cultivo e comercialização em vaso. Algumas espécies de plantas com porte reduzido são desejáveis em floricultura [3].  O paclobutrazol é um retardante e bloqueia reações de oxidação na passagem de caureno para ácido caurenóico no caminho de síntese de substâncias giberelínicas e promove também uma série de alterações fisiológicas nas plantas, incluindo a partição de carboidratos e respostas ao estresse hídrico [4]. Além do seu efeito no florescimento precoce das plantas, reduz o comprimento dos internódios, o comprimento e largura das folhas e aumenta a produção de flores e frutos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação do retardante de crescimento paclobutrazol no crescimento do girassol tradicional.  Material e métodos O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Departamento de Ciências Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA) Mossoró-RN em Junho de 2005.  As sementes de girassol foram postas para germinar diretamente em sacos de polietileno, colocando-se três sementes por saco, sendo feito à seleção da melhor plântula após a emissão das primeiras folhas definitivas. O substrato utilizado foi uma mistura de 1:1 de areia vermelha e húmus de minhoca, ambos devidamente esterilizados. A irrigação foi feita regularmente da semeadura até a colheita, de forma que a umidade do substrato permanecesse próxima à capacidade de campo. Foram testadas cinco concentrações de Paclobutrazol (0,0; 0,06; 0,12; 0,18; 0,24 ml/L. Foram avaliadas as características: altura da planta; medida da parte superior do vaso ao topo da Inflorescência (na época da aplicação do retardante e na colheita), a medição foi feita com régua graduada; diâmetro do caule; diâmetro das inflorescências, a medição foi feita com paquímetro e número de folhas. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições de dez plantas.  Resultados e Discussão  Verificou-se efeito significativo apenas para as variáveis altura de planta e diâmetro do capítulo (Tab. 1). Para a altura as melhores dosagens foram de 0,18 e 0,24 ml/L, pois proporcionaram maior redução no porte da planta (Tab. 2). Trabalhando com Brassica carinata, [5] observaram a diminuição em alturas dentro de poucos dias após aplicação de paclobutrazol, estas exibiram extensão de caule lenta e entrenós menores com diâmetro maior.O nanismo em plantas é um dos efeitos do paclobutrazol que já foi observado em várias espécies [6]. Com relação ao número de folhas, [7] encontrou resultados similares, quando tratou plantas de maçã com paclobutrazol, o mesmo verificou que o número de folhas não foi reduzido, embora o crescimento destas plantas tenha cessado durante 6 a 8 semanas.  Referências [1] EMBRAPA. 2002 [Online]. Área, produção e produtividade de soja, girassol, algodão, colza e etc. em diversos países. Homepage: http://www.cnpso.embrapa.br/sgnum.htm.  Utilização do Retardante de crescimento Paclobutrazol em Girassol (Helianthus annuus) Maria Clarete Cardoso Ribeiro 1, Carlos Antonio Gurgel Júnior2 ,Victor de Hugo de Carvalho Mendes2 Clarisse Pereira Benedito2 , Glauter Lima Oliveira2, Tenessee Andrade Nunes3 e  Maria de Lourdes Figueiredo4 ____________________ 1.Professora do Departamento de Ciências Vegetais, Universidade Federal Rural do Semi-árido, Km 47 da BR 110, Mossoró, RN, CEP: 59625900. E-mail: clarete@ufersa.edu.br.  2.Alunos do Curso de Agronomia da Universidade Federal Rural do Semi- árido. E-mails: carlogurgel@hotmail.com, victor_h_c_m@hotmail.com, clarissepb@yahoo.com.br, glauteragro@hotmail.com 3. Aluna de pós-graduação em Fitotecnia da  Universidade Federal Rural do Semi- árido. E-mail: tenesseenunes@hotmail.com 4. Engenheira Agrônoma, Mestre em Fitotecnia. E-mail: maelourdes@hotmail.com  Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 1, p. 1104-1106, jul. 2007 1105 [2] EMBRPA/CNPSo.1993. Informes da avaliação de Genótipo de Girassol da Rede oficial. In: Reunião da Comissão Nacional de cultivares de Girassol. Santa Rosa – RS: EMBRAPA/CNPS. 32p. [3] TAIZ, L.; ZEIGER, E. 1998. Plant Physiology. 2ª Ed. Sunderland: Sinauer Associates, Inc. Publishers. 792p. 1998. [4] SALISBURY, F.B & ROSS, C.W. 1992. Plant Phisiology. Belmont, Wadsworth,  682p. [5] SETIA, R.C; BRATHAL, G & SETIA, N. 1995 Influence of paclobutrazol  on paclobutrazol on growth and yeld  of Brassica carinata, A.Br. Plant  Growth Regulation, 16: p.121-127. [6] FACTEAU, T.J & CHESTNEET, N.E. GROWTH. 1991.Fruiting, fiowering and fruit quality of sweet cherries trated with paclobutrazol. HortScience, 26: p. 276-278. [7] STEFFENS, G.L. 1988. Gibberallin biosyntheses inhibitores: camparing growth-retarding effectiveness on apple. Journal Plant Growth Regulation. 7: 27-36, 1988.   Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 1, p. 1104-1106, jul. 2007 1106Tabela 1. Resumo da analise da variância dos dados obtidos para os tratamentos. FV        GL APA(cm) NF ALT(cm) DC(cm) DCP(cm) Tratamentos 4 2,20 0,89 22,145 0,47 4,06 Resíduo 20      Erro  051 0,49 1,63 0,02 0,21 Média  16,41 25,81 74,86 0,68 7,29 Desvio padrão  1,13 1,12 3,66 0,06 0,48 CV(%)  6,89 4,32 4,89 9,44 6,62    Tabela 2. Valores médios das variáveis altura de planta antes das aplicações (APA), número de folhas (NF), altura a (ALT), diâmetro de caule (DC) e diâmetro do capítulo (DCP) de plantas de girassol tratadas com diferentes dosagens de paclobutrazol. TRATAMENTOS APA (cm) NF ALT (cm) DC(cm) DCP Testemunha 15,47  a 25,80  a 73,11  b 0,65  a 7,12ab 0,06 15,94  a 25,46  a 88,53  a 0,68  a 7,99a 0,12 16,54  a 25,23  a 71,24  b 0,68  a 7,16ab 0,18 17,44  a 26,30  a 70,31  b 0,68  a 6,83b 0,24 16,65  a 26,25  a 71,11  a 0,71  a 7,34ab CV(%)          6,89 4,32                 4,89 9,44        6,62          

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Utilização do Retardante de crescimento Paclobutrazol em Girassol (Helianthus annuus)

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