Coronavírus e a ofensiva do capital sobre a educação

Abstract

O SARS-Cov-2 potencializou tendências sociais em marcha em diversas escalas, contribuindo para a aceleração de ofensivas contra o trabalho e as leis de proteção social e ambiental, principalmente em países de maior expressão de políticas liberais e periféricos. No caso brasileiro, inúmeras foram as frentes de atuação do Estado e de empresas para a flexibilização de contratos de trabalho em tempos de pandemia cujo álibi foi salvaguardar a economia em nome das desregulamentações de todos os tipos, da privatização e da liberação seletiva de investimentos. Neste artigo, buscamos evidenciar a aceleração das tendências da subordinação do trabalho ao capital na área da educação, tendo forte impacto sobre os educadores e sobre o produto de seu trabalho, a saber: o conhecimento e sua aplicação e reprodução. Produção que se aliena cada vez mais dos aspectos humanizadores e emancipatórios do trabalho enquanto é mercantilizado e se subordina na mesma proporção a regência do capital.

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