Palinotaxonomia da seção cretácea a neogena da Bacia de Pelotas, Brasil: cistos de dinoflagelados das ordens Ptychodiscales e Gonyaulacales

Abstract

Dinoflagellate cysts are commonly used to obtain the relative ages, correlations and paleoenvironmental interpretations of the Cretaceous and Paleogenic sections of the Brazilian continental margin. However, the micropaleontological data of the Pelotas Basin is mainly concerning to calcareous microfossils, which is not true for the sedimentary deposits of the Pelotas Basin, whose micropaleontological informations is mostly referring by calcareous microfossils. In this second contribution, we present the systematic and descriptive detailing of the dinoflagellates cysts of the Ptychodiscales and Gonyaulacales orders, from the analysis of 535 samples collected from two wells (BP-01 and BP-02) drilled by Petrobras S.A. in the offshore portion of the Pelotas Basin. The levels analyzed are rich and diverse, enabling the recognition of 137 species. In greater numbers, cysts belonging to the Order Gonyaulacales include 76 genera, 133 species, besides three sub-species. Two genera and four species were assigned to the Order Ptychodiscales. Among the described taxa, 72 are cited for the first time for the Brazilian basins. The recognized associations indicated ages between the Cretaceous and the Neogene, based on the occurrences of E. dettmanniae, D. acuminatum and O. indigena for the Cretaceous; D. californica, D. carposphaeropsis and E. reticulata for the Paleocene; B. longissimum, M. fimbriatum and M. perforatum for the Eocene; C. galea, C. aubryae and H. obscura for the Miocene. R. actinocoronata and A. andalousiensis recorded at the post-Miocene levels of the basin are indicative of younger ages, possibly positioned between the Pliocene and the PleistoceneCistos de dinoflagelados são comumente utilizados para a obtenção das idades relativas, correlações e interpretações paleoambientais das seções cretáceas e paleógenas da margem continental brasileira. Contudo, as informações micropaleontológicas da Bacia de Pelotas são referentes, na sua maioria, a microfósseis calcários. Nesta segunda contribuição, o detalhamento sistemático e descritivo das associações de cistos de dinoflagelados das ordens Ptychodiscales e Gonyaulacales é apresentado, a partir da análise 535 amostras de dois poços (BP-01 e BP-02) perfurados pela Petrobras S.A. na porção offshore da Bacia de Pelotas. Os níveis analisados mostraram-se ricos e diversificados, possibilitando o reconhecimento 137 espécies de cistos de dinoflagelados. Em maior número, cistos pertencentes à Ordem Gonyaulacales totalizaram 76 gêneros, 133 espécies, além de três subespécies. Dois gêneros e quatro espécies foram conferidos à Ordem Ptychodiscales. Do total de táxons descritos, 72 são citados pela primeira vez para as bacias brasileiras. As associações reconhecidas indicaram idades entre o Crétaceo e o Neogeno, tendo como base as ocorrências de E. dettmanniae, D. acuminatum e O. indigena para o Cretáceo; D. californica, D. carposphaeropsis e E. reticulata para o Paleoceno; B. longissimum, M. fimbriatum e M. perforatum para o Eoceno; C. galea, C. aubryae e H. obscura para o Mioceno. R. actinocoronata e A. andalousiensis, registradas em níveis pós miocênicos da bacia, são indicativas de idades mais jovens, possivelmente posicionadas entre o Plioceno e o Pleistoceno

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