Reflexos da jornada excessiva de trabalho no desempenho profissional e na estratégia empresarial.

Abstract

Neste trabalho é tratado o problema dos reflexos da jornada excessiva de trabalho no desempenho pessoal dos profissionais e na estratégia empresarial das organizações que os empregam. Indicou-se em linhas gerais os efeitos adversos do excesso de carga de trabalho, sob a ótica do próprio funcionário – vítima da prática – e da empresa, que por promover tal exigência, acaba arcando com as baixas no desempenho do empregado. Foram colhidos artigos de grande relevância, bem como diversos casos reais descritos na literatura acadêmica. Tal material foi embasado por dissertações, teses e publicações de reconhecidos autores. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa do tipo bibliográfica e teórico-descritiva, utilizando como métodos a análise documental e, ocasionalmente, observações diretas em campo. Na fundamentação teórica foram apresentados os conceitos de estratégia empresarial, ergonomia, gestão de pessoas e condições de trabalho. Também foram apresentadas eventuais propostas de otimização desses processos. Buscou-se conhecer e aprofundar o fenômeno do excesso de trabalho, através da análise de suas causas, conseqüências e influência no nível de qualidade e produtividade dos serviços prestados. Avaliou-se, assim, tanto o profissional viciado em trabalho quanto os profissionais explorados, que por muitas vezes não têm o retorno financeiro proporcional a seus esforços. Atrelado a isso foram mostrados alguns aspectos relevantes que influenciam diretamente no problema – práticas antiéticas como, por exemplo, o assédio moral por parte da empresa e por conseqüência o medo do desemprego, por parte do funcionário. Podemos concluir, portanto, que muitas vezes as empresas obrigam seus funcionários a cumprir cargas horárias de trabalho exaustivas, sem perceber que na realidade o profissional tem seu desempenho reduzido, muitas vezes à nulidade. E que os próprios funcionários se sentem desestimulados, pois cumprem mais tarefas em mais tempo do que deveriam, em geral alienando-se socialmente e podendo até desenvolver distúrbios psicossomáticos. Assim, viu-se que nem sempre o profissional dentro da empresa significa produtividade, pois tal relação está estabelecida por diversos aspectos, como satisfação, orgulho do trabalho, sensação de realização e prestatividade, empolgação, sentimento de justiça, entre outros

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