Abelhas visitantes florais e potenciais polinizadoras das cultivares de maracujás silvestres.

Abstract

Diversas espécies vegetais de interesse agrícola são dependentes das abelhas para polinização. Esse é o caso das plantas auto incompatíveis, como a maioria das espécies do gênero Passiflora. Atualmente, toda a produção do maracujá comercial é obtida praticamente por meio da polinização manual, gerando maiores custos para o sistema de produção e maior dependência de mão-de-obra. Visando à proposição de medidas que promovam o aumento da polinização por abelhas, este estudo teve como objetivo conhecer a fauna de abelhas visitantes florais e potenciais polinizadoras das cultivares de maracujá doce BRS Mel do Cerrado (Passiflora alata), maracujás silvestres BRS Sertão Forte (P. cincinnata) e BRS Pérola do Cerrado (P. setacea), na região do Distrito Federal. Para isso, foram feitas coletas das abelhas presentes nas flores de cada cultivar, em duas propriedades, de novembro/2017 a março/2018, nos períodos matutino e vespertino, totalizando 111 horas de coleta. As abelhas amostradas foram identificadas e armazenadas na coleção entomológica do Laboratório de Ecologia e Biossegurança da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. A análise de estimativas de riqueza de espécies, com base nas coletas (38 espécies), sugere que o presente estudo não inventariou todas as potenciais espécies de abelhas visitantes. A maior abundância de abelhas potencialmente polinizadoras pertence à tribo Centridini, especialmente, as espécies Centris scopipes e Epicharis flava. O gênero Xylocopa, citado em diversos trabalhos como o principal polinizador do maracujá, apresentou pouca abundância. Tal resultado pode ter sido influenciado pela alta densidade e agressividade das abelhas sociais Apis mellifera e Trigona spinipes, consideradas pilhadoras de néctar e pólen

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