CARVALHO, L. O. D. de M.

HOMMA, A. K. O.

MELLO FILHO, B. M.

MOREIRA, E. D.

NASCIMENTO, C. N. B. do

SA, F. T. de

TEIXEIRA, R. N. G.

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ESTUDOS DAS CARACTERrSTICAS E ANÁLISES DE ALGUNSINDICADORES TÉCNICOS E ECONÔMICOS DA PECUÁRIANO NORDESTE PARAENSE, 1976/77Alfredo Oyama HOMMA 1, Filadelfo Tavares de SÁ 1, CristoNazaré Barbosa do NASCIMENTO 1, Luiz Octávio Danin de MOURACARVALHO 1, Bernardino Marques MELLO FILHO 2, Ernesto DiasMOREIRA 1 e Raimundo Nonato Guimarães TEIXEIRA 1Com a construção da rodovia Belém-Brasília tornou-se pos-sível a implantação de fazendas de criação de gado ao longode suas margens. A descrição que se segue refere-se a um le-vantamento de campo realizado ao longo da rodovia Belérn--Brasílla. partindo-se da cidade de Belém até o município de Pa-ragominas, através de entrevistas com 92 fazendeiros. Nã6 sepode ainda caracterizar a região como sendo predominantemen-te de corte ou de leite, pois parece que o sistema de produ-ção ainda não se encontra estabilizado, çomo pode-se ver pelogrande volume de compra e venda de rebanho. Entre as ativi-dades, das 10 identificadas, pode-se afirmar que o sistema mis-to abrange 50,00%, corte (21,74%), leite (18,48%) e engorda(15,22%) e demais combinações com percentagens inferioresa 3,5%. Quanto ao número total de cabeças, 17,40% dos fa-zendeiros possuiam menos de 50 cabeças, 15,22% com 50 a100 reses, 40,22% dos fazendeiros com 100 a 500 reses e maisde 1000 reses, 14,13% dos entrevistados. Do rebanho levan-tado, 45,57% é tipo anelorado, 33,73% com sangue Gir e de-mais variações com percentuais inferiores a 6,50% . A criaçãode gado é feita a campo, principalmente em pastagens de ca-pim Colonião (Panicum maximum) 53,50%, Quicuio da Amazô-nia (Brechierle humidicola) 36,23%, Braquiária (Brachiaria de-cumbens) 4,1 % e outras espécies em pequena extensão deárea. Quando se procura separar o município de Paragominasdas demais regiões, verifica-se qUe há uma mudança brusca no1 p'esquisadores do Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido,Caixa Postal 48, Belém, Pará.2 Extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural doEstado do Pará, Av. Almirante Barroso, 717. Belém-Pa.- 153que se refere à pastagem: para o município de Paragominas, oColonião apresenta-se como sendo 77,44% das áreas de pasta-gens e 19,08% de Quicuio da Amazônia e para os municípiosrestantes, este último representa 72,63% das áreas de pasta-gens e a Braqulária, 12,53%. Nota-se uma tendência nos fa-zendeiros entrevistados em Paragominas em mudarem suas pas-tagens para o Quicuio da Amazônia. Há um grande movimen-to de rebanho nos fazendeiros entrevistados motivado por com-pra e venda, causando variações no estoque, fora de processonormal de crescimento de rebanho. Este aspecto pode serprejudicial quando se pensa em formar um rebanho dedicado àexploração leiteira no Estado. Quanto à procedência da com-pra de rebanho, 84,60% é do Estado de Goiás e 9,50% do pró-prio Estado do Pará. Quanto à utilização dos sais minerais,75,00% mantêm permanentemente nos cachos, e da sua mistu-ra fazem parte, em média, 74,09% de sal comum, 13,60% defarinha de osso e 12,30% de mistura comercial. Prática deregistro de controle leiteiro é desconhecido por 94,56% dos fa-zendeiros, bem como 90,21 % não costumam adotar o preen-chimento de ficha zootécnica. 64,13% dos fazendeiros apli-cam a vacina contra aftosa 3 vezes por ano, 9,78% somenteduas vezes, 6,52% apenas uma vez e 3,26% não aplicam.Quanto ao teste de tuberculinização apenas 10,87% afirmaramter feito alguma vez; vacina contra raiva, 18,47% afirmaram terfeito. No que se refere às instalações, 63,04% possuíampiquete maternidade e 75,00%, piquete para bezerros. A apli-cação de crédito rural para pecuária indica que 79,34% teve al-guma forma de financiamento ligado à pecuária. A adminis-tração direta pelo proprietário abrange 77,17%. A utilizaçãode adubação química e orgânica constitui uma prática quaseque totalmente desconhecida, com apenas 1,08%. Época denascimento de bezerros, 45,62% tem durante o ano todo,36,95% durante a época seca e o restante na época das águas.As capineiras se localizam principalmente no eixo Belém--Castanhal, bem como a adoção de ração para vacas em lacta-ção. Quanto à origem dos proprietários, 29,35% são paraen-ses, 16,30% são do Estado de Minas Gerais, 13,04% da Bahia,7,61 % do Ceará e 6,52% do Espírito Santo, principalmente.154 -

Estudos das características e análises de alguns indicadores técnicos e econômicos da pecuária no Nordeste paraense, 1976/77.

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