Objetivo: caracterizar indivíduos, usuários de insulina, quanto às dificuldades na manutenção do tratamento do diabetes mellitus. Método: estudo exploratório do tipo descritivo com abordagem quantitativa, em que se aplicou um questionário a uma amostra de 96 usuários de insulina, no 1º trimestre de 2020, abordando questões acerca do tratamento da diabetes mellitus e suas dificuldades. Resultados: Com relação à administração da insulina foi observado aumento na adoção das canetas aplicadoras e diminuição no uso das seringas, que geram dificuldades em seu manuseio, especialmente quanto à aspiração do líquido e visualização dos números e escalas. Pode ser observada que por si só a administração da insulina, independente do dispositivo ejetor, desencadeia o sentimento de medo no momento da aplicação. Dificuldades na manutenção de uma alimentação adequada e da prática de atividade física também foram achados neste estudo e que parecem estar associados a mau controle glicêmico. A realização da monitoração glicêmica, especialmente a intensiva, mostrou-se ser outra dificuldade durante o tratamento da diabetes mellitus. Considerações finais: O estudo permite identificar uma série de dificuldades que estão associadas à falha no controle glicêmico, como o uso de seringas, alimentação inadequada, déficit de atividade física e baixo número de verificações da glicemia capilar. Diante desses achados, se faz necessário repensar e/ou intensificar ações de educação em saúde, bem como, reorganizar as políticas públicas de saúde, de forma a responder as demandas atuais dos portadores de diabetes mellitus
