APRESENTAÇÃO

Abstract

Lembrando, com Derrida, que "sem tomar emprestado, nada começa", gostaríamos de evocar os desejos inaugurais da revista, enunciados no n°0. Polifonia veio a ser com o desejo de não reverenciar demasiadamente os ideais de ascese, assepsia e gravidade que marcaram/marcam a publicação de periódicos em tempos de fascínio positivista. Polifonia veio a ser com o desejo de dar voz àqueles que querem falar da língua, extraída do caos da linguagem pela revolução coperniciana, seja, saussureana, àqueles que se imaginam fazendo uma ciência séria, dura, sem todavia, excluir aqueles que se enamoram dos resíduos, dos dejetos, aqueles que se imaginam fazendo uma ciência alegre, mole. Polifonia veio a ser com o desejo de acolher a voz de autores já famosos, que têm espaço garantido em revistas nacionais e internacionais, sem deixar contudo de ser generosa com aqueles literalmente infames que não podem contar com a autoridade do nome para publicar

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