Este artigo visa descrever variáveis organizacionais de três Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Droga (Caps AD) quanto às atividades, abrangência, recursos disponíveis, perfil dos usuários e profissionais, práticas e estratégias terapêuticas, bem como o quanto o cuidado está pautando nas diretrizes governamentais do modelo psicossocial. Este estudo, descritivo-exploratório, analisa normas, diretrizes governamentais e dados arquivísticos relativos a dois Caps AD do Distrito Federal e um de São Paulo. Os dados foram submetidos a análises qualitativas (planilhas categoriais) e quantitativas (estatísticas descritivas). Os resultados evidenciaram problemas de infraestrutura, abrangência territorial divergente da recomendada, dificuldades de acesso do usuário ao serviço, de articulação dos profissionais com a rede de atenção psicossocial, comprometendo o atendimento das demandas, a adesão dos usuários ao tratamento e o desempenho dos profissionais, o que indica frágil alinhamento do cuidado às diretrizes governamentais. A efetiva aplicação do modelo depende da solução desses problemas