OZONIOTERAPIA: AVALIAÇÃO IN VITRO DA INIBIÇÃO MICROBIOLÓGICA DE AGENTES INFECCIOSOS DA ENDOMETRITE BOVINA

Abstract

A bovinocultura leiteira é uma atividade de grande importância econômica no Brasil. No cenário estadual ooeste catarinense possui a maior densidade de vacas ordenhadas, para se obter eficiência na pecuárialeiteira é necessário diminuir os efeitos negativos na reprodução. As desordens reprodutivas sãoconsideradas as principais causas de diminuição da eficiência reprodutiva e descarte precoce dos animais,gerando inúmeras perdas econômicas ao setor do agronegócio. Dentre as desordens que comprometem asanidade dos animais, a endometrite, metrite e piometra podem ser citadas. O tratamento comumenteutilizado para essas patologias é a utilização de antimicrobianos, porém com o aparecimento de patógenosmultirresistentes as terapias alternativas vêm ganhando espaço. Nesse sentido a ozonioterapia pode serutilizada, haja vista que possui potencial bactericida, viricida e fungidica. Este projeto teve o apoio do IFCpelo Edital 10/2019. Esse estudo inicialmente teve como objetivo avaliar in vitro a eficácia do óleo de canolaozonizado na inibição do crescimento microbiológico de agentes infecciosos da endometrite bovina, objetivoque não foi alcançado em função da pandemia. Portanto, foi feita revisão de literatura reunindo informaçõessobre a utilização da ozonioterapia no tratamento da endometrite bovina. Foram selecionados oito artigosrecentes dos quais cinco fizeram aplicação da ozonioterapia para o tratamento de endometrite, metrite oupiometra e três fizeram revisão de literatura. Quatro das pesquisas que realizaram a aplicação de ozônioforam realizadas com vacas leiteiras, sendo que duas delas utilizaram n>50, uma utilizou n<50 e um relatode caso. Uma das pesquisas utilizou éguas (n=5). Nesses estudos a via de aplicação foi a intrauterina, sendoque um autor utilizou Ringer Lactato ozonizado (em éguas), um autor utilizou spray ozonizado e trêsutilizaram água estéril ozonizada. O número de dias de tratamento variou entre um e dezesseis dias, sendoque três dos cinco autores realizaram apenas uma aplicação, enquanto outros dois fizeram três e seisaplicações. O volume administrado também apresentou diferenças significativas, variando de 50mL a 1 litropor corno uterino nas vacas e 3 litros nas éguas (distribuídos em três lavagens uterinas). Todos os artigosanalisados relataram melhora nos quadros de inflamação dos animais. No caso dos experimentos com vacashouve melhora dos índices reprodutivos e produtivos como menos dias em aberto, melhora na fertilidade,menos inseminações por concepção e maior produção de leite. Após o tratamento, 20% das éguasapresentaram resultados positivos na recuperação de embriões, mesmo aquelas que possuíam histórico deinfertilidade. Um dos autores avaliou ainda a viabilidade econômica da ozonioterapia e obteve menor custono tratamento e por prenhês em vacas leiteiras quando comparado com a antibióticoterapia. Nesse contexto,a ozonioterapia foi efetiva no tratamento de endometrite, metrite e piometras em vacas e éguas, melhorandotambém os índices reprodutivos

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