A POSSIBILIDADE DE DIÁLOGO ENTRE AS CULTURAS: um estudo segundo Catherine Walsh

Abstract

O presente artigo traz uma discussão reflexiva acerca do tema Interculturalidade crítica, objetivando evidenciar a diferença fundamental entre o termo interculturalidade e multiculturalismo, dando destaque para a característica de cada um e para o surgimento e utilização destes. Concebida como um tema bastante polêmico, a interculturalidade está atrelada aos ideais de liberdade, universalidade de direitos, independência e transparência, sendo estes fatores essenciais para o exercício das democracias modernas. Dessa forma, o termo acima citado tem se destacado como premissa na redação das cartas magnas de alguns países, principalmente daqueles que possuem em sua população um grande contingente de habitantes nativos, como é o caso dos povos indígenas dos países da América Latina, sendo que esses grupos étnicos têm reivindicado através dos movimentos sociais, que a interculturalidade se torne não apenas uma promessa de Governo, mas uma política de Estado. A interculturalidade crítica, teve sua origem no movimento pós-colonialista, formada a partir de um conjunto de concepções advindas de uma militância de teóricos e críticos, que através de uma análise reflexiva firmaram tais concepções e teorias nos estudos culturais. Tal conceito ganhou amplitude, implicando assim o reconhecimento deste por outras correntes e áreas do conhecimento de caráter epistemológico como uma escolha libertadora e emancipatória

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