Cooperativismo e inclusão social: o caso dos mercados institucionais no Sul do Brasil

Abstract

It was in the interior of Rio Grande do Sul that Brazil's first cooperatives emerged. However, it was also in this state that the emergence of business cooperatives, economic organizations that grew during the 1960s and 1980s, thanks to the generous subsidies of the authoritarian state (1964-1985), is witnessing. The economic crisis unleashed during and after the 1980s - the lost decade - shook the foundations of business cooperativism and the principles of this economic and social doctrine. This article focuses on a completely different reality, namely, that of small family farming cooperatives located in the southern tip of Brazil whose emergence is inextricably linked to the implementation of food security policies, especially through institutional purchases led by public entities, example of the School-Restaurant of the Federal University of Pelotas. Such a system proves to be efficient both from the point of view of ensuring that demand is met and of promoting the social inclusion of rural families that are part of the cooperatives' membership. However, this process is interrupted due to the bureaucratic impositions of the federal control bodies, a fact that generates uncertainty and discouragement for the actors involved in this process. Meanwhile, there remains recognition of the virtues of cooperativism as a way to reconcile economic development with social justice and to encourage innovation, learning and convergence around common interests and goals. The aim of the article is to reflect on this experience in the light of concrete reality. This approach was based on a qualitative methodology whose emphasis was in depth interviews with a semi-structured script applied to various social actors, especially leaders and producers who work in cooperatives linked to institutional markets. Keywords: Food security. Family farming. Cooperativism. Institutional Markets.Fue en el interior de Rio Grande do Sul que surgieron las primeras cooperativas de Brasil. Sin embargo, es también en este estado brasileño que se asiste a la emergencia de las cooperativas empresariales, unas estructuras económicas que se agigantaron durante las décadas de 1960 y 1980 a raíz de las generosas subvenciones del Estado autoritario (1964-1985). La crisis económica acaecida durante y después de los años 1980- la llamada década perdida – afectó los fundamentos del cooperativismo empresarial y los pilares elementares de esta doctrina económica y social. El presente artículo aborda una realidad completamente distinta, cual sea, la de pequeñas cooperativas de agricultura familiar ubicadas en el extremo meridional cuya aparición está ligada a la implantación de políticas de seguridad alimentaria, sobre todo a través de las compras institucionales capitaneadas por entes públicos, sobre todo de los comedores de la Universidade Federal de Pelotas. Tal sistema se mostró eficiente tanto del punto de vista de atender la demanda como de promover la inclusión social de las familias que integran el cuadro social de las cooperativas. Sin embargo, tal ciclo se interrumpe a causa de las imposiciones burocráticas de los órganos de control, hecho que causa incertidumbre y desaliento para los actores implicados en este proceso. Todavia, resta la convicción sobre las virtudes del cooperativismo como camino para conciliar desarrollo económico y justicia social, así como para generar innovación, aprendizaje y convergencia en torno a intereses y objetivos comunes. El objetivo del artículo ha sido reflexionar sobre dicha experiencia bajo la perspectiva de la realidad concreta. Tal aproximación se dio a partir de metodología cualitativa, cuya  énfasis recae sobre entrevistas en profundidad y guión semiestructurado aplicadas junto a diversos actores sociales, especialmente junto a dirigentes y productores que actuan en las cooperativas ligadas a los mercados institucionales. Palabras-clave: Seguridad alimentaria. Agricultura familiar. Cooperativismo. Mercados Institucionales.Foi no interior do Rio Grande do Sul que surgiram as primeiras cooperativas do Brasil. Não obstante, é também nesse estado que se assiste à emergência das cooperativas empresariais, organizações econômicas que se agigantaram, durante as décadas de 1960 e 1980, graças aos generosos subsídios do Estado autoritário (1964-1985). A crise econômica desencadeada durante e depois dos anos 1980 – a década perdida – abalou os fundamentos do cooperativismo empresarial e os princípios desta doutrina econômica e social. O presente artigo se debruça sobre uma realidade completamente distinta, qual seja, a de pequenas cooperativas de agricultura familiar situadas no extremo meridional do Brasil cujo surgimento está inextricavelmente ligado à implantação das políticas de segurança alimentar, mormente pelas compras institucionais capitaneadas por entes públicos, a exemplo do Restaurante-Escola da Universidade Federal de Pelotas. Tal sistema se mostra eficiente tanto do ponto de vista de assegurar o atendimento da demanda como no sentido de promover a inclusão social das famílias rurais que integram o quadro social das cooperativas. Todavia, tal processo é interrompido por força das imposições burocráticas dos órgãos federais de controle, fato que gera incertezas e desalento para os atores implicados nesse processo. Entrementes, resta o reconhecimento sobre as virtudes do cooperativismo como caminho para conciliar desenvolvimento econômico com justiça social e de incentivar a inovação, a aprendizagem e a convergência em torno a interesses e objetivos comuns. O objetivo do artigo é fazer uma reflexão sobre essa experiência à luz da realidade concreta. Tal aproximação se deu a partir de metodologia qualitativa cuja ênfase foram entrevistas com roteiro semiestruturado aplicadas junto a diversos atores sociais, especialmente de lideranças e produtores que atuam nas cooperativas ligadas aos mercados institucionais. Palavras-chave: Segurança alimentar. Agricultura familiar. Cooperativismo. Mercados Institucionais

    Similar works