ÍNDICES DE INTEGRIDADE BIÓTICA USANDO PEIXES DE ÁGUA DOCE: USO NAS REGIÕES TROPICAL E SUBTROPICAL

Abstract

The Index of Biotic Integrity (IBI) using freshwater fish assemblages is an effective biomonitoring tool that is widely used in temperate countries. Despite the fact that the IBI is being adjusted to be applied to studies in tropical and subtropical countries for almost 15 years, it still is rarely used with these regions. The present review visits 15 publications of IBI adaptations for tropical regions. Most studies were performed in subtropical regions and mainly on streams, while some were done in large rivers, and one in lakes. There is evident need for a clear definition of the reference condition and for standardized and non-selective methodologies (e.g., electrofishing), even in large river systems. Metrics were created or adapted using families or functional groups that proved sensitive in the studied regions. However, the metrics must be selected through rigorous statistical methods. Although IBI fi sh models were shown to be effective in detecting environmental changes in all studies analyzed, it is evident that the applicability and effectiveness of these models in tropical and subtropical countries (chiefly developing countries with high diversity and ecological complexity) depend on filling in the informationgaps in diversity and ecological processes. We highlight the importance of government taking part in the coordination of biomonitoring programs within these regions, noting that all the initiatives developed up to now were carried out by research groups.O Índice de Integridade Biótica (IIB), utilizando assembléias de peixes de água doce, tem sido uma ferramenta efetiva de biomonitoramento amplamente utilizada em paises de regiões temperadas. Em países tropicais e subtropicais, no entanto, seu uso é ainda reduzido, apesar da adaptação nestas regiões ter se iniciado há quase 15 anos. Esta revisão inclui 15 adaptações do IIB publicadas para essas regiões. Verificamos que a maioria delas foi realizada em zonas subtropicais, principalmente em riachos; algumas em rios de maior porte e apenas uma em lagos. Tornou-se evidente a necessidade de uma definição clara do local de referencia e implementação de metodologias padronizadas e não seletivas (e.g. pesca elétrica), inclusive para rios de grande porte. As métricas foram criadas ou adaptadas usando as famílias ou grupos funcionais que se mostraram sensíveis na região estudada. No entanto, e fundamental que a seleção seja respaldada por métodos estatísticos rigorosos. Apesar do modelo do IIB ter se mostrado efetivo na detecção de alterações ambientais em todos os trabalhos analisados, é evidente que a aplicabilidade e eficácia nos países tropicais e subtropicais (em geral em desenvolvimento, com grande diversidade e complexidade ecológica) depende do preenchimento das lacunas de informação, tanto sobre diversidade como sobre processos ecológicos. Ressalta-se a importância da participação e coordenação governamental na implantação do biomonitoramento nessas regiões, uma vez que as iniciativas, até o momento, partiram exclusivamente de grupos de pesquisa.

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