O IMPACTO DO USO DA ASPIRINA NA PREVALÊNCIA DA PRÉ-ECLÂMPSIA E EM SUAS REPERCUSSÕES PERINATAIS

Abstract

A pré-eclâmpsia (PE) está relacionada a altos índices de morbidade e mortalidade ao redor do mundo. Tem uma prevalência estimada em torno de 2-8% e está correlacionada com muitos casos de partos pré-termo e crescimento intrauterino restrito (CIR). Múltiplos fatores de risco podem estar presentes, sendo a história obstétrica pregressa de PE considerada um fator de alto risco, dentre outros. A fisiopatologia da PE não é totalmente compreendida e algumas teorias tentam justificar a sua ocorrência. A invasão trofoblástica anormal dos vasos uterinos, a intolerância imunológica entre os tecidos maternos e feto-placentário, a má-adaptação às alterações cardiovasculares ou inflamatórias da gravidez e anormalidades genéticas estão entre as possíveis hipóteses. Em função da morbidade causada pela PE severa diversas estratégias de prevenção são estudadas. Baixas doses de aspirina promovem redução do risco de PE em mulheres de alto risco. Se administrada precocemente, pode diminuir os casos de partos prematuros relacionados à PE e suas sequelas, além de reduzir a morbidade materna. Dentre os objetivos estão:1) Comparar a prevalência da PE e de suas principais complicações na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ME-UFRJ) dos anos de  2015 e 2016 com a dos anos de 2011 e 2012, 2) Contrastar a prevalência da PE nas gestantes, de acordo com o local onde foi realizado o pré-natal e com o uso da aspirina, 3) Divulgar o protocolo de prevenção da PE a partir do uso da aspirina, através de palestras/cursos dirigidos às equipes de saúde da rede básica, responsáveis pela assistência pré-natal, cumprindo assim o compromisso da instituição com a educação em saúde. Trata-se de um estudo observacional,  transversal,  descritivo e analítico. A população estudada será de gestantes admitidas na ME-UFRJ com idade gestacional no parto maior que 22 semanas, no período de 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2016, independente do local  e/ou da realização de pré-natal. Serão calculadas as prevalências da PE e de suas principais complicações (prematuridade, óbito fetal e recém-nascidos com baixo peso ao nascimento) nos anos de 2015 e 2016 e comparadas com as prevalências do biênio 2011/2012 pela razão das prevalências (RP) e seu intervalo de confiança (IC) 95%. Será considerada significativa se os limites do IC não alcançarem 1. Também será realizado teste de qui-quadrado comparando as proporções entre os dois períodos, considerando significativo se  p-valor < 0,05.   Palavras-chaves: pré-eclâmpsia; aspirina; prematuridade

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