A cultura organizacional e o(s) podere(s) da história na estruturação da identidade da empresa

Abstract

O pior contributo - seja em que perspectiva for- que neste momento se pode dar ao debate sobre a vertente cultural das organizações é escamotear a sua dimensão ideológica e considerar a emergência da cultura de empresa como neutra. Será talvez útil recordar que esta não é a primeira vez, nem por certo a última, que as teorias sobre as organizações recorrem a metáforas como modelos de compreensão e explicação. Se as teorias, hoje emergentes, se socorrem da metáfora cultural - considerando, portanto, as organizações culturas -, já anteriormente o mesmo se verificou com outras teorias que viam as empresas, como refere Jorge Vala, «metaforicamente ora como máquinas (lembremos os primeiros estudos no interior do paradigma da organização científica do trabalho), ora como organismos (metáfora subjacente às teorias sistémicas sobre as organizações), ora como cérebros (teorias da decisão e do processamento da informação aplicadas às organizações), etc.» (J. Vala et al.,1988: 663)

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