A RELAÇÃO ENTRE RELIGIÃO E O USO DE TERAPIAS ALTERNATIVAS NO TRATAMENTO ONCOLÓGICO

Abstract

O uso de medicina não-convencional cresceu desde a última década, entretanto, sua eficácia ainda é questionada pela falta de comprovação científica. Em relação ao paciente oncológico, a substituição da medicina tradicional pela medicina não-convencional no combate ao câncer é um fator de preocupação para o sucesso do tratamento da doença. O trabalho avaliou a influência da religião no uso de terapias não convencionais entre pacientes oncológicos atendidos no Hospital Araújo Jorge de Goiânia-GO. A amostra foi composta por 108 pacientes, em tratamento na unidade de quimioterapia do hospital, que afirmaram fazer uso de terapias alternativas para o tratamento oncológico. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário constituído por questões objetivas e discursivas. Os dados revelaram que maioria dos pacientes eram mulheres (30,87%), prevalecendo a faixa etária entre 41-60 anos (39,78%) para ambos os sexos e 37,17% eram brancos. A escolaridade mais frequente correspondeu ao ensino fundamental incompleto (20,41%) e 18,32% tinham renda familiar de um salário mínimo. Entre os entrevistados 96,29% dos usuários de terapias alternativas se declararam religiosos. Desses, 54,81% eram católicos e afirmavam usar terapias alternativas devido à fé, sendo a oração a terapia mais citada. Destarte, evidencia-se que a medicina não-convencional é fortemente utilizada entre pacientes oncológicos e, portanto, é necessária uma maior atenção dos profissionais da saúde para que o uso dessas práticas não comprometa o tratamento convencional, visto que não há na literatura estudos científicos que comprovem sua eficiência

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