O artigo estabelece um “encontro” com Heidegger a partir da primeira parte, da primeira preleção do semestre de inverno de 1920/1921 - Introdução à fenomenologia da religião. Explicita o método fenomenológico desde os conceitos de experiência fática da vida e do fenômeno histórico. Elucida a peculiaridade dos conceitos filosóficos e a diferença de princípio que há entre filosofia e ciência. Mostra a vida fática (concreta e individual) de cada homem, como elemento central da fenomenologia heideggeriana. Acompanha a reelaboração do método fenomenológico, que possa fazer jus à vida fática e à historicidade (mundos vitais e significatividade) enquanto ponto de partida da filosofia. Apresenta o significado do fenômeno histórico e a crítica à maneira habitual de pensar o histórico como “algo que transcorre no tempo” ou como “uma propriedade geral aplicável a todo objeto temporal” e àqueles que tomam o homem por objeto. Conclui-se que as vias de afirmação da vida contra o histórico caem no modo teorético, e não expressam o histórico em seu caráter imediato. Defende que preservar o caráter intranquilizador da história significa respeitar a historicidade viva e a força vital e multidirecional do sentido fático da existência humana - ser-aí