Vesículas extracelulares: o que sabemos até agora

Abstract

Com base em uma revisão de literatura, este estudo teve como objetivo abordar e esclarecer alguns conceitos referente às vesículas extracelulares (VE) e sua nomenclatura. Realizou-se uma busca por artigos científicos e revisões bibliográficas relativos às VE publicados de 2010 a 2021 em língua inglesa nas bases de dados eletrônicas Scielo, Lilacs e Medline/PubMed. Trinta e três artigos pertinentes ao tema foram selecionados para compor esse estudo. VE são partículas nano/micrométricas, delimitadas por uma membrana celular e produzidas por organismos vivos, que desempenham um papel importante na comunicação celular. Dentre as principais classes de VE, encontram-se os exossomos, microvesículas e corpos apoptóticos. Contudo, essas vesículas compartilham algumas características comuns, dificultando sua caracterização. Embora diversos estudos tenham tentado isolar os diferentes tipos de VE, ainda não há métodos eficazes de purificação nem marcadores específicos. Com base na literatura atual, o presente artigo reforça a importância de uma descrição detalhada acerca dos métodos de isolamento e caracterização em estudos que se utilizam de VE. Além disso, de modo a tentar reduzir possíveis vieses e facilitar a comparação entre estudos, sugere também que se padronize o uso do termo “VE” em detrimento a termos mais específicos.This study aimed to address and clarify some concepts about the extracellular vesicles (EVs) and their nomenclature based on a literature review. A literature review was performed using the Scielo, Lilacs and Medline/PubMed databases. Scientific research and literature review articles about VEs published from 2010 to 2021 in English language were verified. Thenceforth, 33 articles were selected to compose this study. EVs are nano to micrometric- sized particles, delimited by cell membrane and released from living organisms, which play an important role on cell communication. The main types of EVs are exosomes, microvesicles and apoptotic bodies, which present overlapping features that may lead to confusion in their characterization. Studies have tried to isolate the different types of VEs, but there are neither effective methods of purification nor specific markers yet. Based on the current literature, the present study reinforces the importance of detailed description about methods of isolation and characterization in studies which use VEs and suggests maintaining the use of the term “EVs” instead of more specific terms, thus attempting to reduce possible biases and facilitate comparison between studies

    Similar works