Pragmática: polidez e violência no Brasil

Abstract

Em um levantamento realizado nos arquivos de teses e dissertações da Coordenação de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), constatei que a maioria das pesquisas que abordam a polidez linguística no Brasil segue os mesmos referenciais teóricos estrangeiros. Também foi possível observar que as pesquisas brasileiras que usam as teorias elaboradas em outras culturas e práticas sociais não conseguem descrever ou explicar de um modo satisfatório qual é o entorno moral e político que a polidez tem em nosso país; particularmente, nos usos linguísticos das pessoas que pertencem às camadas sociais menos privilegiadas economicamente e colocadas “à margem” do consumo. Nesta perspectiva, pretendo usar as ideias de “cordialidade”, “jeitinho brasileiro” e “mestiçagem” para demonstrar que a polidez e a violência são características políticas relevantes para a polidez tupiniquim, especialmente nas “vozes” das pessoas excluídas socialmente no Brasil

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