Incidência de meningite no estado de Santa Catarina de 2010 a 2020

Abstract

OBJECTIVE:  To evaluate the incidence and epidemiological profile of meningitis in the state of Santa Catarina (SC) between 2010 and 2020, according to age, gender, etiology and evolution. METHODS: This is a quantitative descriptive cross-sectional study about the epidemiological profile of meningitis between 2010-2020 in SC. Data concerning the first year of symptoms, age, gender, etiology and clinical evolution were obtained through the IT department of the public health service of Brazil, and they are stated in absolute and relative frequencies. RESULTS: It was identified 8.473 cases of meningitis, whereof 61.6% in male. The higher and lower incidence were in 2017 and 2020, respectively. In prevalence by age-group, the highest rate was in individuals aged 20-39 years (22,96%). The most prevalent etiology was viral (43,51%), whilst the least prevalent was meningitis caused by Haemophilus influenzae. The clinical evolution with discharge was higher between female, such as deaths by meningitis. The age-group with higher rate of discharge and lower rate of deaths by meningitis was among 5-9 years old. Regarding etiology, the lowest death rate by meningitis and the highest discharge rate were identified in viral meningitis. CONCLUSIONS: The permanence of meningitis endemic in SC was identified in the analyzed period, although in 2020 there has been a decline, which may be associated with the COVID-19 pandemic. Furthermore, deaths by meningitis decreased comparing to the last decade, representing 8,34% of outcomes.OBJETIVO: Avaliar a incidência e o perfil epidemiológico de meningite no estado de Santa Catarina (SC) entre 2010 a 2020, segundo a faixa etária, gênero, etiologia e evolução. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal descritivo quantitativo sobre o perfil epidemiológico da meningite entre 2010-2020 em SC. Os dados referentes ao ano do primeiro sintoma, faixa etária, gênero, etiologias e evolução foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil, sendo apresentados na forma de frequências absolutas e relativas. RESULTADOS: Identificaram-se 8.473 casos de meningite, dos quais 61,6% em homens. A maior e a menor incidência foram em 2017 e 2020, respectivamente. Na prevalência por faixa etária, a maior taxa foi em indivíduos de 20-39 anos (22,96%). A etiologia mais prevalente foi viral (43,51%), enquanto a menos prevalente foi a meningite por Haemophilus influenzae. A evolução com alta foi maior entre as mulheres, assim como os óbitos por meningite. A faixa etária com maior taxa de alta e menor taxa de óbitos por meningite foi de 5 a 9 anos. Em relação à etiologia, a menor taxa de óbitos por meningite e a maior taxa de alta foram identificadas na meningite viral. CONCLUSÕES: Identificou-se a permanência da endemia de meningite em SC no período analisado, embora em 2020 houvera queda, o que pode estar associado à pandemia da COVID-19. Ademais, os óbitos por meningite reduziram em comparação à década anterior, representando 8,34% dos desfechos

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