Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
Abstract
Guava (Psidium guajava L.) is a tropical fruit that presents fast post-harvest ripening; therefore it is a very perishable product. Inappropriate storage temperature and retail practices can accelerate fruit quality loss. The objective of this study was to evaluate the respiratory activity (RA), the ethylene production (EP) and Q10 of guava fruit at different storage temperatures. 'Paluma' guava fruits were harvested at maturity stage 1 (dark-green skin) and stored at either 1, 11, 21, 31 or 41ºC; RA and EP were determined after 12, 36, 84 and 156 h of storage. RA and EP rates at 1 and 11ºC were the lowest - 0.16 and 0.43 mmol CO2 kg-1 h-1 and 0.003 and 0.019 µmol C2H4 kg-1 h-1, respectively. When guavas were stored at 21ºC, a gradual increase occurred in RA and EP, reaching 2.24 mmol CO2 kg-1 h-1 and 0.20 µmol C2H4 kg-1 h-1, after 156 h of storage. The highest RA and EP were recorded for guavas stored at 31ºC. In spite of high RA, guavas stored at 41ºC presented EP similar to guavas stored at 11ºC, an indicator of heat-stress injury. Considering the 1-11ºC range, the mean Q10 value was around 3.0; the Q10 value almost duplicated at 11-21ºC range (5.9). At 21-31ºC and 31-41ºC, Q10 was 1.5 and 0.8, respectively. Knowing Q10, respiratory variation and ripening behavior in response to different temperatures, fruit storage and retail conditions can be optimized to reduce quality losses.A goiaba (Psidium guajava L.) é um fruto tropical que apresenta rápido amadurecimento, o que a torna um produto muito perecível. Temperaturas inapropriadas durante o armazenamento e comercialização podem acelerar a perda da qualidade dos frutos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade respiratória (AR), a produção de etileno (PE) e o coeficiente Q10 de goiabas em diferentes temperaturas de armazenamento. Goiabas do cultivar Paluma foram colhidas no estádio 1 de maturação (casca verde escura) e armazenadas a 1, 11, 21, 31 e 41ºC. A AR e a PE foram determinadas com 12, 36, 84 e 156 h de armazenamento. As taxas de AR e PE a 1 e 11ºC foram as menores, atingindo valores ao redor de 0,16 e 0,43 mmol CO2 kg-1 h-1 e 0,003 e 0,019 µmol C2H4 kg-1 h-1, respectivamente. Quando as goiabas foram armazenadas a 21ºC, observou-se aumento gradual em AR e PE, as quais alcançaram valores de 2,24 mmol CO2 kg-1 h-1 e 0,20 µmol C2H4 kg-1 h-1 após 156 h de armazenamento. As maiores AR e PE foram observadas em goiabas armazenadas a 31ºC. Apesar de alta AR, goiabas armazenadas a 41ºC tiveram baixa PE, similarmente àquelas armazenadas a 11ºC, indicando dano por alta temperatura. Na faixa de 1-11ºC, o valor médio de Q10 foi de 3,0, enquanto esse valor quase duplicou na faixa de 11-21ºC, atingindo 5,9. O Q10 decresceu nas faixas de 21-31ºC e 31-41ºC, apresentando valores de 1,5 e 0,8, respectivamente. Conhecendo-se a variação do Q10, da taxa respiratória e do comportamento do amadurecimento em resposta a diferentes temperaturas, as condições de armazenamento e comercialização dos frutos podem ser otimizadas para reduzir as perdas na qualidade