Níveis de eosinófilos na fase aguda da doença de Chagas experimental

Abstract

Eosinophil dynamics, in bone marrow, blood and peritoneal exudate, of resistant C57B1/6 (C57) and susceptible A/Snell (A/Sn) mice was comparatively studied during the acute phase of infection by Trypanosoma cruzi Y strain. A decline was observed in bone marrow eosinophil levels in A/Sn, but not in C57 mice, soon after infection, those of the former remaining significantly below those of the latter up to the 4th day of infection. Bone marrow eosinophil levels of C57 mice declined subsequently to levels comparable to those of A/Sn mice, the number of these cells in this compartment remaining 50% those of non infected controls, in both strains, up to the end of the experiment on the 14th day of infection. The fluctuations in eosinophil levels in blood and peritoneal space were similar in both mice strains studied. Concomitantly with depletion of eosinophils in the marrow, depletion in blood and a marked rise of these cells in the peritoneal space, initial site of infection, occurred in both strains. The difference in eosinophil bone marrow levels, between C57 and A/Sn mice, observed in the first four days of infection, suggests a higher eosinopoiesis capacity of the former in this period, which might contribute to their higher resistance to T. cruzi infection.A dinâmica de eosinófilos, na medula óssea, sangue e exsudato peritoneal, de uma linhagem de camundongos resistente (C57B1/6) e de uma susceptível (A/Snell) foi comparativamente estudada durante a fase aguda da infecção com a cepa Y do Trypanosoma cruzi. Foi observada uma queda nos níveis de eosinófilos da medula óssea nos camundongos A/Sn, mas não nos C57, logo após a infecção, os dos primeiros permanecendo significativamente abaixo dos níveis dos últimos até o 4? dia de infecção. Os níveis de eosinófilos da medula óssea nos camundongos C57 caíram subseqüentemente a níveis próximos aos dos camundongos A/Sn, o número destas células neste compartimento permanecendo em torno de 50% daqueles dos controles não infectados, em ambas as linhagens, até o término do experimento, no 14º dia. As flutuações nos níveis de eosinófilos no sangue e cavidade peritoneal foram semelhantes nas duas linhagens de camundongos estudadas. Concomitantemente com a depleção na medula, ocorreram depleção destas células no sangue e significativo aumento na cavidade peritoneal, foco inicial da infecção, em ambas linhagens de camundongos. A diferença nos níveis de eosinófilos da medula óssea entre os camundongos C57 e A/Sn, observada nos 4 primeiros dias de infecção, sugere uma maior capacidade de eosinopoiese dos primeiros nesse período, o que poderia contribuir para sua maior resistência à infecção pelo T. cruzi

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