Potencial alelopático de folhas frescas de bacupari (Rheedia brasiliensis (Mart.) Planch. & Triana) na germinação de alface

Abstract

The bacupari (Rheedia brasiliensis) is a tree of three to seven meters in height, occurring in Mato Grosso do Sul, where it is used in folk medicine. However, no studies have been carried out in relation to its allelopathic potential. This study therefore aimed to verify the existence of allelopathic potential in bacupari fresh leaf extract through the germination of lettuce seeds and early formation of primary root. The leaves of R. brasiliensis were collected in the Pantanal do Negro, Mato Grosso do Sul; in the laboratory they were used for the preparation of aqueous extract at 20%, which was subjected to phytochemical analysis by wet to determine the class of secondary metabolites. For germination bioassays, lettuce was utilized; leaf extracts were used in concentrations of 4, 8, 12, 16 and 20%, obtained by diluting the extract to 20%. Phytochemical analysis indicated the presence of phenolic compounds, tannins and saponins. The rate of germination and vigor were negatively affected only at a concentration of 20%. The extract hindered the development of the primary root at different concentrations, indicating that there are chemical inhibitors and allelopathic potential to be revealed in the fresh leaves of this species.O bacupari (Rheedia brasiliensis) é uma árvore de 3 a 7 m de altura, ocorrendo no Estado do Mato Grosso do Sul, onde é utilizado na medicina popular. Porém, em relação ao seu potencial alelopático, não existem estudos desenvolvidos. Desta maneira, este trabalho teve como objetivo verificar a existência de potenciais alelopáticos no extrato de folhas frescas de bacupari através da germinação e formação de raiz primária em alface. Folhas de R. brasiliensis foram coletadas no Pantanal do Negro, Mato Grosso do Sul e utilizadas para a preparação do extrato aquoso a 20%, o qual foi submetido a análise fitoquímica via úmida para determinar a classe de metabólitos secundários presentes. Para os bioensaios de germinação de alface, foram utilizados os extratos foliares nas concentrações de 4, 8, 12, 16 e 20%, obtidos através da diluição do extrato a 20%. A análise fitoquímica indicou a presença de compostos fenólicos, taninos e saponinas. A taxa e o vigor de germinação foram afetados negativamente apenas na concentração de 20%. Porém o extrato, nas diferentes concentrações, prejudicou o desenvolvimento da raiz primária, indicando que existem substâncias químicas inibidoras e revelando potencial alelopático para as folhas frescas desta espécie

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