Práticas de leitura e escrita nos grupos escolares do Rio Grande do Norte (1908-1920)

Abstract

Este trabalho analisa as práticas de leitura e escrita nos Grupos Escolares de Natal, no início de sua criação no Rio Grande do Norte, durante o período de 1908 a 1920. Buscamos identificar as disposições específicas que distinguem a comunidade de leitores e as tradições de escrita na formação da sociedade letrada norte-rio-grandense. Fundamenta-se nas análises de Chartier (1999), Ferreiro e Teberosky (1985), Manguel (1997) e Morais (1997) a fim de reconstruir as redes de aprendizados que organizam, histórica e socialmente os modos diferenciados de ler e escrever os quais se configuram em gestos e hábitos. No período em estudo acreditava-se que por meio da escrita, entendida como a arte de gravar os pensamentos e sentimentos através das letras, as ideias ganhavam formas, a comunicação era facilitada e as verdades das ciências eram propagadas. A leitura, por sua vez, era a operação abstrata de intelecção legítima. A análise evidencia que estas atividades envolvem o engajamento do corpo, sua inscrição no espaço, bem como a relação do leitor e escritor consigo e com os outros

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