Este trabalho aborda uma questão suscitada pelo meu encontro com falas de sujeitos com demência e com afasia. Com Saussure, reconheço a enunciação da ordem própria da língua e assumo que a língua não é nomenclatura. Procuro fazer valer as leis de referência interna da linguagem, que deslocam o signo para o lugar de efeito de suas operações. Com base neste solo teórico, encontro nas “falas vazias”, falas plenas de uma verdade sobre a relação profunda e indissolúvel do sujeito com a linguagem