Conduction disorders and their clinical impact after sutureless/rapid deployment aortic bioprostheses

Abstract

Background: Aortic stenosis remains the number one heart valve pathology and its prevalence keeps increasing. The drive to improve the outcomes of SAVR, which remains as the gold standard treatment, brought to focus a new generation of bioprostheses, rapid deployment aortic valves (RDAV) and sutureless valves. These prostheses reduce aortic cross-clamping and CPB duration as well as myocardial ischemia. Shortening of procedure duration, shorter ICU and hospital stays, lower complication rates and better survival rates, are among some of the other expected benefits of using these bioprostheses. However, due to its structure and implementation method, some centers have reported a higher rate of conduction abnormalities and PPM implantation with rapid deployment bioprostheses. Objectives: The aim of this study was to investigate the incidence of conduction abnormalities after aortic valve replacement with rapid deployment/sutureless bioprostheses as well as its impact on immediate postoperative outcomes and other postoperative implications, such as permanent pacemaker (PPM) implantation. Methods: All patients undergoing aortic valve replacement between 14/05/2014 and 17/12/2019, in one center, were included. Patients requiring an additional procedure, with previous pacemaker implantation, reoperation cases and patients with missing pre or postoperative ECG data, were excluded from this study. Our cohort was divided into 2 groups, "PPM” group and “No PPM” group, that were compared. The primary end point was permanent pacemaker implantation and its postoperative outcomes. Secondary end points included operatory times, conduction and rhythmic postoperative disorders, clinical postoperative complications and identification of risk factors for in-hospital PPM implantation. Results: We studied 201 patients, all of which underwent isolated aortic valve replacement with a rapid deployment bioprosthesis. Overall, 26 PPM were implanted (12.9%). The uni and multivariate analysis found one independent risk factor associated with in-hospital PPM implantation: preoperative right bundle branch block (RBBB) (OR 11.7, p=0,001 and OR 7.28, p=0.020 for uni and multivariable analysis respectively). “PPM” group had more preoperative left bundle branch block (21.1% vs 11.6%, p<0.001) as well as right bundle branch block (26.3% vs 3.6%, p<0.001). “PPM” group also presented with longer ICU (4.7 ? 2.9 vs 2.8 ? 2.7, p=0.003) and hospital (10.0 ? 6.2 vs 6.1 ? 3.4, p=0.005) stays. Postoperatively, the “PPM” group had higher rates of stroke (7.7% vs 0.0%, p=0.016) and requirement of aminergic support for longer than 24 hours (60.0% vs 36.1%, p=0.028). There were no statistically significant differences between the two groups among the other outcomes studied. Conclusions: This study found a 12.9% rate of permanent pacemaker implantation after AVR with rapid deployment bioprostheses. Patients that required PPM implantation had significantly higher hospital and ICU stays, postoperative stroke rates and requirement of aminergic support for longer than 24 hours. Preoperative RBBB was identified as the single independent risk factor for in-hospital PPM implantation.Introdução: A estenose aórtica é a principal patologia valvular cardíaca. O impulso para melhorar os resultados da cirurgia de substituição valvular aórtica (SVA), que permanece como gold standard, levou a um interesse crescente numa nova geração de próteses, as válvulas aórticas de rapid deployment/sutureless. Estas próteses levam a uma redução dos tempos de clampagem da aorta e bypass cardiopulmonar e de isquémia do miocárdio. São também benefícios da utilização destas próteses uma menor duração do procedimento, diminuição dos tempos de estadia no hospital, taxas de complicações reduzidas e maiores taxas de sobrevivência. No entanto, devido à sua estrutura e método de implantação, alguns centros reportaram um aumento dos distúrbios de condução e de implantação de pacemaker permanente, associados à utilização de próteses de rapid deployment. Objetivos: O objetivo deste estudo foi investigar a incidência de distúrbios de condução elétrica após cirurgia de substituição valvular aórtica, com recurso a válvulas de rapid deployment. Investigou-se também o impacto sobre os resultados pósoperatórios imediatos e a incidência de outras implicações pós-operatórias, tais como a implantação de pacemaker permanente. Métodos: Todos os doentes que foram submetidos a cirurgia de substituição valvular aórtica isolada entre as datas de 14/05/2014 e 17/12/2019, em um único hospital, foram incluídos. Doentes que requereram um procedimento adicional, com implantação de pacemaker prévia, casos de re-operação e doentes com dados de ECG, pré ou pós-operatórios, em falta, foram excluídos deste estudo. A população foi dividida em dois grupos, grupo “PPM” (com implantação de pacemaker permanente) e grupo “No PPM” (sem implantação de pacemaker permanente), que foram comparados. O objetivo primário deste estudo foi a análise de implantação de pacemaker permanente e o seu impacto no pós-operatório. Objetivos secundários incluíram tempos cirúrgicos, distúrbios de condução e de ritmo pós-operatórios, complicações clínicas pósoperatórias e identificação de fatores de risco para implantação de pacemaker permanente. Resultados: Foram estudados 201 doentes. Globalmente, 26 pacemakers permanentes foram implantados (12.9%). Análises uni e multivariável encontraram um fator de risco independente associado a implantação de pacemaker permanente: bloqueio completo de ramo direito préoperatório (OR 11.7, p=0,001 e OR 7.28, p=0.020, análises uni e multivariável respetivamente). O grupo “PPM” revelou mais bloqueios completos de ramo esquerdo pré-operatórios (21.1% vs 11.6%, p<0.001) e bloqueios completos de ramo direito (26.3% vs 3.6%, p<0.001). Este grupo apresentou também estadias mais longas na UCI (4.7 ? 2.9 vs 2.8 ? 2.7, p=0.003) e no hospital (10.0 ? 6.2 vs 6.1 ? 3.4, p=0.005). A nível pós-operatório, o grupo “PPM” apresentou mais AVC (7.7% vs 0.0%, p=0.016) e mais necessidade de suporte aminérgico durante mais de 24 horas (60.0% vs 36.1%, p=0.028). Os restantes resultados não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos. Conclusões: Este estudo encontrou uma percentagem de implantação de pacemaker permanente, após cirurgia de substituição valvular aórtica com próteses de rapid deployment, de 12.9%. Doentes que requereram implantação de pacemaker permanente demonstraram estadias na unidade de cuidados intensivos (UCI) e no hospital, taxas de acidente vascular cerebral (AVC) pós-operatório e necessidade de suporte aminérgico por mais de 24 horas, significativamente maiores. Bloqueio completo de ramo direito pré-operatório foi identificado como o único fator de risco independente para implantação intra-hospitalar de pacemaker permanente

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