-A utilização de espécies de Bromeliaceae para fins paisagísticos teve um crescimento muito grande e o extrativismo passou a ser uma das principais
fontes de abastecimento do mercado. Tal situação tem levado a um acelerado processo de devastação das populações e a perdas irreparáveis em
grande número de espécies. Pitcairnia encholirioides e Pitcairnia albiflos são duas espécies incluídas na Lista da Flora Brasileira Ameaçada de
Extinção. O presente trabalho teve por objetivo aclimatizar ex vitro explantes dessas espécies visando a otimização de protocolos de propagação em
larga escala, possibilitando o fornecimento de plantas para o abastecimento dos mercados consumidores e, consequentemente, a diminuição do
extrativismo. Após a realização dos experimentos de multiplicação, os explantes foram submetidos aos ensaios de enraizamento in vitro em presença
de ANA, AIA ou AIB. Explantes de P. encholirioides enraizaram melhor em presença de ANA, enquanto os de P. albiflos enraizaram bem tanto na
presença de ANA quanto de AIA. Explantes oriundos dos experimentos de multiplicação e de enraizamento in vitro foram aclimatizados em substrato
Plantmax em bandejas de isopor recobertas com plástico visando a manutenção da umidade do ar. Após 15 dias, as bandejas foram transferidas
para casa de vegetação, sendo mantidas sob nebulização periódica em alta umidade do ar. Após 90 dias em casa de vegetação, as plantas das duas
espécies foram transferidas para vasos contendo mistura de terra:areia: esterco bovino curtido: pó de xaxim (4:3:2:1, v/v), onde permanecem até o
momento. A qualidade dos explantes de ambas as espécies para aclimatização direta foi melhor na presença do GA3 do que de BAP. O sucesso na
aclimatização dos explantes de ambas as espécies foi superior a 95%. A propagação in vitro e a posterior aclimatização ex vitro de explantes de P.
encholirioides e de P. albiflos podem contribuir para a redução nos riscos de extinção dessas espécies em decorrência das elevadas taxas de
multiplicação obtidas em comparação aos métodos convencionais de propagação in vivo. (FAPEMIG e Fundação Biodiversitas