Percepções sobre o consumo de frutas e hortaliças entre usuários do Programa Academia da Saúde em Belo Horizonte – MG

Abstract

Submitted by Nuzia Santos ([email protected]) on 2015-11-23T12:20:35Z No. of bitstreams: 1 Tese_SC_TaísRochaFigueira.pdf: 313454 bytes, checksum: 4162d81117784c21e5e4bf1bd815b20e (MD5)Approved for entry into archive by Nuzia Santos ([email protected]) on 2015-11-23T12:20:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_SC_TaísRochaFigueira.pdf: 313454 bytes, checksum: 4162d81117784c21e5e4bf1bd815b20e (MD5)Made available in DSpace on 2015-11-23T12:20:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_SC_TaísRochaFigueira.pdf: 313454 bytes, checksum: 4162d81117784c21e5e4bf1bd815b20e (MD5) Previous issue date: 2015Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.O consumo adequado de frutas e hortaliças (FH) tem sido apontado como um dos fatores de proteção de doenças crônicas não transmissíveis, como enfermidades cardiovasculares, diabetes e obesidade. Apesar das evidências e orientações para a ingestão deste grupo de alimentos, o seu consumo é ainda bastante limitado. Esta situação expõe a necessidade de investigar os determinantes do consumo de FH visando o melhor delineamento das práticas educativas e de promoção da saúde. Para cumprir este objetivo, realizou-se uma pesquisa qualitativa em seis polos do Programa Academia da Saúde em Belo Horizonte, Minas Gerais. Participaram da pesquisa 62 usuários maiores de 20 anos e responsáveis pela aquisição e/ou preparo dos gêneros alimentícios no domicílio. Os dados foram coletados por entrevista semiestruturada, incluindo questões relativas às práticas alimentares na família, consumo e aquisição de FH. As entrevistas foram gravadas, transcritas na íntegra e tiveram duração média de 30 minutos. A análise de conteúdo foi desenvolvida com auxílio do software NVivo10. O consumo de FH era estimulado principalmente pelo seu efeito benéfico sobre a saúde, capacidade em prevenir/controlar doenças e paladar. Já os facilitadores para o consumo de hortaliça relatados foram: ser considerada como parte da refeição, criação e origem familiar, melhoria da situação financeira, comércio próximo e desenvolvimento de estratégias de compra. Com relação aos fatores dificultadores do consumo, destacaram-se: comércio inadequado, baixo poder aquisitivo, preço, carência de iniciativas públicas, falta de tempo, preguiça, fruta ser considerada apenas como uma alternativa alimentar e não realizar o jantar. As FH eram adquiridas em comércios de bairros, havendo necessidade de melhoria desses estabelecimentos em relação à distribuição geográfica, qualidade dos produtos, preço e higiene. Verificou-se que, quando os aspectos nutricionais das FH eram valorizados pelos entrevistados, o conhecimento básico que possuíam sobre alimentação e saúde era considerado insuficiente, surgindo a demanda pelo aprofundamento dos saberes. A dificuldade em lidar com a multiplicidade de informações sobre o tema gerava sentimentos de desconfiança, incompetência para selecionar os alimentos e desejo por orientação especializada individual. Estes resultados apontam para a necessidade de estimular a construção de sentidos para o consumo de FH que não se restrinjam ao discurso saúde-doença; problematizar questões sobre o consumo de FH que geram inquietações, desconfianças e insegurança; estabelecer canais de comunicação confiáveis; ampliar habilidades culinárias para o preparo de receitas baratas, práticas e palatáveis; qualificar o comércio local; e ampliar o acesso às FH pelo desenvolvimento ou fortalecimento de políticas públicas e tecnologias que promovam conveniência.Consumption of adequate amounts of fruits and vegetables (FV) has been considered as one of the protective factors of chronic diseases such as cardiovascular diseases, diabetes and obesity. However, despite the evidence and guidelines to encourage the intake of this food group, its consumption has been very limited. This exposes the need to investigate the determinants of FV consumption for a better design of educational and health promotion practices. To fulfill this goal, a qualitative study was made in six groups of the Health Academy Program in Belo Horizonte, Minas Gerais. There were 62 participants. Data was collected through semi-structured interview, whose script included questions relating to eating habits in the family, consumption and acquisition of FV. The interviews were recorded, transcribed and had an average duration of 30 minutes. The content analysis was developed with the use of NVivo10 software. The consumption of fruits and vegetables was mainly stimulated by the beneficial health effects, ability to prevent / control diseases, taste, vegetable be considered as part of the meal, creation and family background, improving the financial situation, next trade and development purchasing strategies. Regarding the barriers, the highlights were: inadequate trade, low purchasing power, price, lack of public enterprises, lack of time, laziness, fruit be considered only as a food alternative and not do dinner. Fruits and vegetables were acquired in trades neighborhoods, and it is necessary improvement of these establishments in the geographical distribution, product quality, price and hygiene. It was found that as the nutritional aspects of FV gain value among respondents, existing knowledge about the relationship between health and FV consumption is seen as insufficient, resulting in the demand for the deepening of knowledge. The difficulty in dealing with this information generates feelings of distrust, inability to select foods and desire for individual expert guidance. Considering the results, there was the need to stimulate the construction of meaning for consume FV that are not limited to discourse of health and disease; discuss issues on the FV consumption that generate uneasiness, mistrust and insecurity; establish channels of reliable sources; enlarge culinary skills to prepare cheap, practical and palatable recipes; qualifying local businesses; expand access to FH through the development or strengthening of public policies and investment in technologies that ensure convenience

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