Estudo do receptor LILRA2 na maturação e produção de citocinas por células dendríticas e se envolvimento na hanseníase

Abstract

Made available in DSpace on 2014-12-05T18:41:19Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) maristela_hernadez_ioc_dout_2007.pdf: 1703579 bytes, checksum: c6aea9db2011c8948799e66defbf0152 (MD5) Previous issue date: 2014-11-18Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilOs receptores da família LILR (Leukocyte Immunoglobulin- like Receptor) pertencem à superfarm1ia .das imunoglobulinas e são expressos em células de origem mielóide e linfóide. Os receptores inibidores (LILRB) apresentam longos domínios citoplasmáticos contendo de 2 a 4 domínios ITIM e são capazes de inibir ativação celular recrutando proteínas tirosinas fosfatases SHP-I. Já os receptores ativadores (LILRA) apresentam curto domínio citoplamático mas após associação com a cadeia gama do receptor Fc, que apresenta domínio ITAM, são capazes de transduzir sinais estimulatórios às células. Já foi demonstrado que LILRB I e LILRB2 podem inibir a citotoxidade de células NK e aumentar o limite de ativação de linfócitos T. Pouco se sabe a respeito da função dos receptores ativadores. No entanto. foi observado que LILRA2 estava com a expressão gênica aumentada nas lesões dos pacientes de hanseníase do polo lepromatoso. A função deste receptor foi investigada e os possíveis efeitos do Mycobacterium leprae sobre a ativação induzida por LILRA2 avaliados Foram realizados experimentos de "cross-linking" em células dendríticas derivadas de monócitos (MDDC). Inicialmente, foi observado que após a estimulação àtravés de LILRA2 ocorria aumento no conteúdo de proteínas tirosina fosforiladas, sugerindo haver transdução de sinal. Também foi observado que as MDDC estimuladas via LILRA2 apresentavam marcadores de ativação celular, como a expressão de CD83, aumento na expressão de moléculas co-estimulatórias e do MHC. Foi observado ainda que a ativação de LILRA2 não induz a secreção de níveis significativos das citocinas. No entanto, um forte efeito sinergístico na secreção de TNF e IL-IO pode ser observado quando as células eram estimuladas via LILRA2 e TLR4 ou CD40. Foi observado ainda que após o "cross-linking", as MDDC apresentam forte capacidade aloestimulatória. A presencade células LILRA2+ CD68+ nas lesões dos pacientes lepromatosos foi detectada utilizando microscopia confocal. Nos experimentos subseqüentes foi avaliado se o M. leprae ativaria as MDDC e modularia a ativação induzida por LILRA2. Inicialmente observamos que as MDDC estimuladas com M. tuberculosis, mas não com M. leprae, secretam TNF Baixas concentrações de IL-IO foram encontradas nas culturas estimuladas com M. leprae quando comparadas às culturas estimuladas com M tuberculosis. E ainda, o M. tuberculosis, mas não o M. leprae, teve efeito sinergístico com LILRA2 na produção de TNF. Na tentativa de encontrar o ligante deste receptor, foi gerado um tetrâmero e sua ligação a diversos tipos celulares foi testada. Interação do tetrâmero com monócitos estimulados com IL-4 e também MDDC foi detectada. Embora experimentos de imunoprecipitação tenham sido realizados, o ligante não foi encontrado. Até o momento, já observamos que a LILRA2 pode favorecer a maturação de MDDC, pelo menos in vitro, e contribuir para aumentada produção de citocinas. O M. leprae não parece ser um potente ativador das células dendríticas e ainda pode limitar a ativação induzida por outros receptores. A elevada expressão de moléculas coestimulatórias, a presença de IL-I O e ausência de IL-12 nas MDDC estimuladas com M. leprae ou via LILRA2 sugere que estes podem estar envolvidos na indução de tolerância observada nos pacientes lepromatososLILR (Leukocyte Immunoglobulin- like Receptor) are a family of receptors from the immunoglobulin superfamily expressed on myeloid and lymphoid cells. LILR are characterized by either 2 or 4 homologous Immunoglobulin-like dom ais. One subset of receptors, LILRB, displays long citoplasmatic tails containing immuno receptor tyrosine-based inhibitory motifs (ITIM). These receptors inhibit cell activation by recruiting protein tyrosine phosphatase SHP-1. Another subset of receptors, LILRA, contains short cytoplasmatic domain that lack recognizable docking motifs for signalling mediators. These rece ptors associate with the gamma chain of the Fc receptor, which transduces stimulatory signals b y recruiting protein tyrosine kinases through a cytoplasmatic immunoreceptor tyrosine-based activat ion motif (ITAM). A third subset of receptors has no transmembrane domain and is secret ed as a soluble receptor. Some of these receptors, LILRB1 and LILRB2, are specific receptor s for MHC class I molecules. LILRBs have been shown to inhibit cell activation in several ex perimental systems. Little is know about the activating receptors. LILRA2 was found to be up-reg ulated in lesions of lepromatous leprosy patients. In order to clarify whether this receptor might influence the immune response in leprosy, the function of this receptor was investigated. Cro ss-linking of LILRA2 on dendritic cell (DC) caused an up-regulation on protein tyrosine phospho rylation, suggesting LILRA2 stimulates intracellular signaling. Upon cross-linking, DC exp ress high levels of MHC I and II and co- stimulatory molecules, but cytokines were not detec ted on culture supernatant. However, a strong synergistic effect on TNF and IL-10 production was observed when cells were simultaneously stimulated by LILRA2 and TLR4 or CD40. LILRA2 activ ated DC also induced allogeneic T lymphocytes proliferation. By double immunofluoresc ence labeling, it was identified that LILRA2 is expressed on macrophage-like CD68+cells i n lepromatous leprosy skin lesions. The capacity of M. leprae to induce DC activation and/or to modulate LILRA2- induced activation was further investigated. In functional experiments it was observed that M. tuberculosis but not M. leprae stimulated cells induce TNF secretion. IL-10 was d etected on M. leprae -stimulated cultures, albeit at lower level than that of M. tuberculosis -stimulated cells. M. leprae had no synergistic effect on LILRA2 activated cells. To id entify LILRA2 ligand, a tetramer was generated and it’s binding to different cell types was tested. The tetramer interacted with IL-4 stimulated monocytes and DC. Although Immunoprecipi tation experiments were preformed, the ligand was not successfully identified. The data ob tained so far indicates that LILRA2 activation enhances DC maturation markers expression and cytok ine secretion by activated DC. M. leprae is not a potent DC activator. The high surface levels of co-stimulatory molecules, the presence of IL-10 and absence of IL-12 suggest that DC stimulat ed by M. leprae or LILRA2 are only partially activated and they might contribute to lepromatous leprosy toleranc

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