Esterilização não - cirúrgica com quinacrina em mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana - HIV

Abstract

Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-09T14:13:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 debora_randazo_barbosa_de_magalh_es.pdf: 634351 bytes, checksum: edb4da9f60dfd90eaaffe2b684f62a94 (MD5) Previous issue date: 3O objetivo deste trabalho foi comprovar a segurança do método de esterilização não-cirúrgica com quinacrina (EQ) em mulheres infectadas pelo HIV, a partir da avaliação clínica de eventos adversos em curto prazo, análise de exames de carga viral, linfócitos T CD4+ e CD8+ e ultra-sonografia transvaginal (UTV). Tratase de um ensaio clínico, aberto, não controlado, não duplo-cego incluindo 64 mulheres infectadas pelo HIV e 194 com sorologia anti-HIV negativa desejosas de contracepção definitiva, realizado de fevereiro de 2005 a agosto de 2006 no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Três doses de252 mg/mês de quinacrina na forma de pellets foram inseridas no fundo do útero, através do colo uterino, utilizando aplicadores de DIU modificados, na fase folicular do ciclo menstrual. Os eventos adversos relacionados à EQ foram leves: cólica abdominal, prurido vulvar e sangramento uterino. O sangramento uterino foi o único, em curto prazo, significativamente mais freqüente em mulheres infectadas pelo HIV. Não houve reação grave nos dois grupos, nem variação significativa dos exames de carga viral, CD4+ e CD8+ após a EQ. A presença de pontos hiperecogênicos nos cornos do útero visibilizados à UTV foi semelhantenos dois grupos. O tempo médio de seguimento foi de 10,63 meses e ocorreram duas gravidezes. A probabilidade acumulada de sobrevida na tábua da vida foi de 0,9875 (SE 0,0089), IC 95% (0,970-1,000). O índice de falha (Pearl) foi de 0,8753 por 100 mulheres/ano. O uso da quinacrina para a esterilização de mulheres infectadas pelo HIV foi considerado seguro.The objective of this study was to evaluate the safety of the nonsurgicalQuinacrine sterilization (QS) method for HIV-infected women using the clinical assessment of short time adverse events, analysis of viral load, CD4+ and CD8+ lymphocytes counting and transvaginal ultrasonography. This open trial study included 64 HIV-infected women and 194 anti-HIV negative women requesting sterilization and was carried out from February 2005 to August 2006 at the Family Planning Clinic, School of Medicine of the Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil. Three doses of 252 mg/month of Quinacrine, in pellets, were inserted transcervically in the uterine fundus during the follicular phase of themenstrual cycle. Adverse events related to QS were light abdominal cramping, vulvar itching and uterine bleeding. Uterine bleeding was the only short term side effect more frequent in HIV-infected women. No serious adverse events occurred in any of the two groups. The viral load, the CD4+ and CD8+ counting did not show any significant variation after the QS. There was not any significant difference concerning the occurrence of hyperecogenic spots in the uterine fundus in the two groups. The average follow-up time was 10.36 months. The cumulatedsurvival rate in the Lifetime Table was 0.9875 (SE 0.0089), 95% CI (0.970-1.000). The Pearl index was 0.8753 per 100 women/year. Quinacrine was considered a safe drug for the sterilization of HIV-infected women

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