Uma das possibilidades de ataque silábico no português brasileiro é a realização de dois sons consonantais adjacentes. Tradicionalmente, esses sons são descritos como uma obstruinte, oclusiva ou fricativa, e uma líquida lateral alveolar ou rótico tepe. Este trabalho investiga o padrão de coarticulação das líquidas com as vogais no ataque complexo através de inferências obtidas pelas trajetórias das frequências do segundo formante vocálico. A análise dos dados aponta para uma provável anteriorização da articulação do tepe em relação à articulação da lateral e um diferente padrão de coarticulação das líquidas lateral e tepe conforme a qualidade da vogal nuclear da sílaba no ataque complexo