Revista de Ciências Médicas e Biológicas

Abstract

Este estudo visa a avaliar a percepção da criança em relação ao pediatra, a satisfação com o atendimento prestado e seu envolvimento nas decisões concernentes à sua própria saúde. Trata-se de um estudo de metodologia qualitativa, desenvolvido a partir de entrevistas semi-estruturadas, com doze questões subjetivas aplicadas a crianças em hospitais terciários e ambulatórios. A amostra estudada foi composta de 40 crianças, entre sete e quinze anos, distribuídas igualmente entre um serviço público e um particular. A análise das entrevistas demonstrou que 40% das crianças do serviço público e 70% das crianças do serviço particular têm algum grau de insatisfação quanto à consulta médica. Quando questionadas sobre o que mais gostavam no médico, grande parte das crianças relatou que gostava do pediatra quando ele lhes conferia atenção, tinha paciência e propunha brincadeiras. Foram observadas críticas tais como falta de paciência e de delicadeza. Algumas crianças afirmaram se incomodar quando o médico se dirigia mais a seus pais do que a elas. A maioria das crianças relatou compreender bem as explanações sobre o diagnóstico e o tratamento da sua enfermidade. Conclui-se que uma comunicação mais direta entre o médico e a criança estimula a elaboração do autocuidado e da auto-estima infantil, facilitando as avaliações diagnósticas e propiciando melhores resultados terapêuticos

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