Aplicação do programa HYDRUS1D em solo cultivado com feijão Caupi

Abstract

O feijão caupi (Vigna unguiculata L. Walp.) é uma cultura que apresenta enorme importância econômica e social para os agricultores da região nordeste do Brasil por ser o alimento básico das populações mais pobres dessa região. O feijoeiro é uma planta sensível ao déficit hídrico e ao excesso de água no solo, portanto, o conhecimento da dinâmica da água no solo é fundamental para os estudos sobre o uso de água pela cultura, proporcionando a otimização da produção. Os processos envolvidos nas trocas de água no sistema solo-planta-atmosfera são geralmente complexos e numerosos, o que dificulta sua medição de forma direta, contínua e por grandes intervalos de tempo. Assim, os modelos numéricos tornam-se ferramentas importantes na busca por conhecimento e possibilita a previsão de alguns resultados. Desta forma, o objetivo geral deste trabalho é simular a dinâmica da água no solo cultivado com feijão caupi por meio do programa Hydrus1D, em períodos com diferentes condições climáticas e nas quatro fases fenológica da cultura (emergência, vegetativa, reprodutiva e maturação). Os dados necessários para a simulação foram obtidos numa área de 4,0 ha do Centro de Ciências Agrárias, da UFPB, no município de Areia, PB (6o 58 12 S, 35o 42 15 O). A área foi instrumentada com uma torre micrometeorológica automática, além de sensores instalados para a determinação dos perfis de umidade volumétrica do solo. Foi feita uma análise de sensibilidade do programa Hydrus1D relativa aos parâmetros do solo e aos parâmetros do modelo de Feddes de extração de água pela raiz do feijão caupi. O programa foi calibrado em dois períodos, um com o solo sem vegetação e outro com o solo vegetado, e depois utilizado em sete dias representativos dentro das quatro fases fenológicas da cultura. O programa Hydrus1D simulou de forma satisfatória a evolução da umidade volumétrica do solo nas profundidades de 20, 40, 60 e 80 cm, apesar da subestimativa feita pelo programa na profundidade de 40 cm. As simulações da evolução do armazenamento de água e a evapotranspiração apresentaram bons resultados quando comparado com os valores medidos em campo, permitindo simular o balanço hídrico nas suas fases fenológicas e em diferentes eventos de precipitaçã

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