Estudo de permeação in vitro e avaliação térmica de emulgel tópico a base de lapachol

Abstract

O lapachol é uma naftoquinona extraída de várias espécies de árvores da família Bignoniaceae, nos representantes dos gêneros Tecoma e Tabebuia, que apresenta como ações farmacológicas, dentre outras: a atividade antimalárica, antitumoral, antimicrobiana, antiviral, analgésica e antiinflamatória. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma formulação dermofarmacêutica do tipo emulgel, utilizando o lapachol como princípio ativo devido a sua ação antiinflamatória e analgésica e comparar esta formulação com um gel anteriormente desenvolvido no mesmo laboratório. Primeiramente foi feita uma caracterização físico-química da droga através de análise calorimétrica para avaliação da pureza. A partir dos resultados obtidos partiu-se para a formulação de um emulgel a base de lapachol, no qual foram utilizadas diferentes concentrações diferentes de lapachol e de sistema solvente (20% e 40% de glicerina: etanol 70:30) assim como modificações na fase emulsificante. A caracterização térmica dos excipientes e formulações, como um dos primeiros parâmetros no estudo de estabilidade, foi realizada. A compatibilidade droga-excipientes de lapachol foi feita por análise das misturas binárias, preparadas nas mesmas proporções das formulações, por DSC acoplado a sistema fotovisual. Foram realizados curvas de DSC também das formulações e placebos. Os resultados mostraram que apenas o álcool cetoestearílico apresentou modificação do comportamento térmico do lapachol caracterizando uma incompatibilidade do lapachol com o álcool cetoestearílico. Desta forma, partiu-se para um estudo de liberação do fármaco a partir das bases estudadas, utilizando células de Franz e membranas sintéticas de mistura de ésteres de celulose, onde, primeiramente, foram avaliadas algumas características físico-químicas do lapachol que tornaram viável o estudo, assim como coeficiente de partição octanol/ tampão pH 7,0 e um estudo de solubilidade do fármaco em soluções de tampão de fosfatos pH 7,0. Assim a droga foi então incorporada nas duas bases anteriormente citadas, em concentrações diferentes (0,4% e 0,3%) e um gel anteriormente desenvolvido em nosso laboratório. Os perfis de liberação foram avaliados e otimizados através de um estudo de permeação, onde foi confirmada a capacidade permeante do fármaco nas preparações estudadas, sendo observado que a base contendo monoestearato de glicerila, apresentou permeação superior á primeira nas concentrações estudadas. Assim, esta base foi comparada ao gel através de um ensaio de permeação utilizando pele de orelha de porco, onde foi visto que a permeação do fármaco foi bastante superior no gel. Ao final do experimento, foi realizado um estudo de retenção cutânea, onde observou-se que a quantidade de fármaco retida no estrato córneo e restante do tecido (epiderme sem EC e derme), viabiliza sua utilização como produto de ação tópic

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