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Abstract

A doutrina intelectualista de Descartes consiste, em parte, na crença de que para que as pessoas executem adequadamente uma tarefa, elas devem antes refletir sobre as regras de bom desempenho que se aplicam à tarefa. Neste sentido, um bom desempenho em qualquer tarefa dependeria sempre da consciência, por parte do indivíduo, das prescrições para a ação, sendo consciência entendida como um processo interno, isento de erros quanto à sua capacidade de perceber o fluxo da vida mental, de admitir para si mesmo certas prescrições acerca do que vai ser feito. De acordo com essa interpretação da doutrina, os episódios da vida imaterial, como pensar e julgar, seriam responsáveis pelas ações, os episódios da vida material. Um dos problemas relacionados com esta doutrina intelectualista, de acordo com Ryle, é que muitas ações ditas inteligentes não são precedidas por quaisquer conhecimentos anteriores dos princípios que se lhes aplicam. Outro problema mais relevante se refere ao fato de tal doutrina gerar uma regressão teórica infinita, isto é, se ações inteligentes são necessariamente precedidas por considerações teóricas inteligentes, estas, para serem inteligentes, teriam que ser também precedidas por outras considerações teóricas inteligentes. Visto que a psicologia cognitiva, representada por exemplo por teorias de processamento de informação, sofreu influência da doutrina intelectualista, as críticas mencionadas podem ser também aplicadas a ela. Sugere-se que uma análise dos usos dos conceitos psicológicos na linguagem cotidiana pode ser útil para a solução de algumas dessas dificuldades conceituais.Descartes´ intellectualistic doctrine consists in part in the belief that in order for people to adequately execute a task, they first have to reflect on the rules of good performance that apply to that task. Therefore, good performance on any task would always depend on the individual's consciousness of the prescriptions for the actions, consciousness being understood as an internal process, free from mistakes concerning its ability to perceive the flow of mental life, of admitting for oneself certain prescriptions about what will be done. According to this doctrine's interpretation, immaterial life episodes, such as thinking and judging, would be responsible for actions, material life episodes. One of the problems related to this intellectualistic doctrine, according to Ryle, is that many of the so-called intelligent actions are not preceded by any previous knowledge of the applicable principles. Another more relevant problem refers to the fact that such doctrine may generate an infinite theoretical regression, that is, if intelligent actions are necessarily preceded by intelligent theoretical considerations, the latter, in order to be considered intelligent, would also have to be preceded by other intelligent theoretical considerations. Since Cognitive Psychology, represented for example by information processing theories, was influenced by the intellectualistic doctrine, the criticism mentioned previously can also be applied to it. It is suggested that an analysis of the uses of psychological concepts in ordinary language may be useful in solving some of these conceptual difficulties

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