research

A ideia, a série e a forma: Desafios da imagem no pensamento de Claude Lévi-Strauss

Abstract

Neste artigo, parte-se da abordagem teórica da arte por Lévi-Strauss para aplicá-la a um objeto não explorado pelo próprio autor: a arte abstrata no Ocidente. O texto inicia com uma polêmica entre Lévi-Strauss e o teórico do surrealismo, André Breton, em torno da magia da arte. A polêmica põe a nu a originalidade de Lévi-Strauss enquanto teórico da arte, em diálogo permanente com os Modernistas de sua época, assim como a centralidade da arte na sua teoria estruturalista. Se para Breton a magia da arte é universal porque apela para processos de apreensão intuitivas, opostos à razão, para Lévi-Strauss o desafio da universalidade da arte consiste no fato de este ser um dos lugares privilegiados de exploração do pensamento formal. Lévi-Strauss propõe interpretar paralelamente, no interior de cada universo cultural, as coordenadas constitutivas da imagem e as operações mentais que essas coordenadas implicam. Se Lévi-Strauss seguiu este caminho para dar sentido aos arabescos kadiwéu, propõe-se aqui seguir esta trilha na exploração da arte abstrata

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